sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Resistiremos Até o Fim

Resistiremos Até o Fim

Nas infindáveis tormentas das inquietantes noites que permeiam minha modesta e recatada vida, residem sérias malezas.  Assim, com minha mente tempestuosa, começo a me lembrar das infindáveis ruas desertas e bucólicas de minha cidade, que são tomadas por diversos transeuntes que vagueiam como cegos “zumbificados”, num puro reino do desconhecimento humano e de desgraça interior. "Nós somos os homens ocos"1 que vagam desvairados e calados pela cidade insana e melancólica. Desta forma, observo sereno, calado e amedrontado, os inúmeros erros que habitam as ruas, avenidas, vielas, etc., de minha cidade. 

Das inumeráveis mazelas que residem e agridem minha cidade, malezas estas que me atormentam e atentam profundamente contra mim, que chegam a rasgar meus olhos e minha mente como um louco desvairado, numa busca sanha por me matar, executam de modo desfigurado a perda da beleza, a perda da noção de estética arquitetônica, a perda da boa e velha simetria. Há infindáveis fachadas e mais fachadas que esboçam uma “força” para perfilar, mas não o possuem, ou nunca possuirão ânimo nem força para tal ato. Tentam, assim, de todas as formas se manterem de pé, mas sabem que estão em puro declínio. Assim, nas suas irregularidades horripilantes, negras fachadas, tortas e mal planejadas residências que há em minha cidade, elas atormentam e gritam desvairadas contra as pobres almas que vagueiam nas calçadas. As retas incertas e suas irregularidades possuem um “poder místico”, ao ponto de me deixarem ficar mui constrangido por observar o brutal e avassalador erro. O belo e o sublime definitivamente já estão inexistentes em minha cidade.

Há, assim, em minha cidade, uma “riqueza” vasta de almas atormentadas e zumbificadas pelo sistema que impera, e para muitas delas, esse sistema passa despercebido, algo quase que inexiste a elas nesse canto do mundo. Mas, essa legião de desavisados é obrigada a conviver amontoada, numa imposição severa e brutal, em outras palavras, essa legião é uma espécie de cortiço modernista democrático. "Ah, meu amigo! A infelicidade é uma doença contagiosa…."2. Essa ignóbil e infame vida dos desconhecidos e incautos cidadãos brasileiros dá uma tremenda repulsa nos acordados, nos incomodados, nos despertados, os quais olham atentos e tristes, esse indecoroso sistema forjado por Sauron3.

Alastra-se, por causa disso, em minha mente, como água derramada sobre a mesa, essas ideias e sensações horríveis e tenebrosas, ideias que me atormentam incansavelmente, sempre me atacam quando eu resolvo adentrar nas ruas negras. Ao simples pisar no chão, já sinto uma profunda dor em meu corpo, já sou tomado por um mal-estar e tontura incontroláveis. Todavia, foi por causa dessas batidas costumeiras da vida, que me despertei para o real mundo. E nesse despertar, deram-me uma espada que, desde o primeiro dia, uso contra o mal que ronda e espreita a mim e a meu país. Muitas dessas asquerosas e vis criaturas malignas, que controlam as engrenagens carcomidas dessa máquina colossal e animal, jamais foram indagadas com a seguinte frase: “Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil4? ”

Se houvesse um modo de lhes indagar isso, todos, sem expressão, imediatamente fugiriam dessa indagação franca. Rumariam às catacumbas, ou atacariam seus indagadores. Pois a verdade, além de incomodar, reabre os ferimentos nessas criaturas. Os lacaios do regime maquiavélico tratam logo de empinar seus mastodônticos narizes, desfilando suas corcundas e seus corpos calejados e cansados pelos suntuosos corredores do Estamento Burocrático. Muitos desses vermes creem piamente que os pobres e inválidos devem viver e conviverem sempre juntos. Amontoados, jogados e esquecidos. Tais lacaios ditadores legam ao povo restos das migalhas e, para satisfazerem suas sedes, dão ao povo o chorume que escorre de suas fossas bocais. O mal e o horrível os distribuam sem moderação e atenção aos desgraçados. Já aos honrosos e amiguinhos do sistema, distribua a lei e a ostentação. 

Mas, em meio a esse dificultoso transpassar da longa tormenta mental e espiritual, misteriosamente tudo cessa de súbito. A neblina que antes envolvia as ruas e minha mente dissipa-se misteriosamente. As sensações horríveis desaparecem do meu corpo. Então, eis que surge uma radiante e simples Igreja Católica. Não perco muito o meu tempo, adentro a Igreja, caminho pela nave central, e trato logo de ir me sentando. Sento em um de seus longos bancos, que fica bem perto do altar. E outro mistério surge em mim:  O choro. Desabo-me em profundas e incessantes lágrimas e mais lágrimas, junto com o tremor de ser culpado, de ser omisso, de ficar, às vezes, calado, quando deveria falar, falar e muito. Logo me dou o seguinte veredito: culpado. Compactuei indiretamente com o atual estado, vi e convivi com o atual estado, e acabei consentindo. O peso de consentir e de me calar vem num só golpe. Tento rapidamente enxugar minhas lágrimas, e nessa rápida e triste ação, levanto, aos poucos, minha cabeça, a fim de mirrar a Santa Imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo.

E começo a pensar comigo mesmo... quando o Santo Deus resolve sutilmente tocar as pessoas, um toque bem suave e muito certeiro, na quase totalidade das vezes, ele procura sempre tocá-las através de suas belas e sublimes obras. Sejam eles literárias, monumentos, milagres, ou mesmo pelas adversidades do cotidiano que há por aí e a beleza natural. Mas, quando você é tocado pelo Santo Deus através das adversidades do dia a dia, você é intimado a lutar, um chamado que te obriga a lutar pela restauração da normalidade. “O cristão, todavia, mesmo aquele que formalmente perdeu a Fé e vive fora da Igreja, não poderá ver impunemente o triunfo do mal. Reagirá, sempre, de um modo qualquer5“.

Desta forma, muito bem-feita e articulada por Deus, uma dessas obras toca-me profundamente, um toque inesquecível e revigorante para minha pobre alma. Esse toque foi relembrar a grandiosa obra: "O Senhor dos Anéis"6, a monumental obra, baseada na Bíblia, escrita por nada mais nada menos que J. R. R. Tolkien. Se eu fosse tentar resumir a história da humanidade através dessas obras, certamente iria utilizar a esplendorosa passagem da épica batalha de Gandalf Vs Balrog. 

Essa passagem se desenrolou da seguinte forma: Durante a travessia das Minas de Moria7, onde o império da penumbra maligna alastrou-se e dominou, a sociedade do anel resolve adentrar nas minas e passar, cortando o caminho. Mas, infelizmente, não saiu tão bem como o planejado. Em Moria, travou-se uma das batalhas mais mortíferas e ferozes da Terra-média.  Um embate onde estava em jogo mais do que a autopreservação, mas sim a preservação dos seus semelhantes, a preservação de um mundo e de suas tradições. Assim, numa aventura homérica, o Grande Gandalf luta com todas as suas forças com um opoente descomunal, imensamente forte e poderoso. Mas o Cinzento não recua, não esmorece diante do seu algoz. Temer o mal, jamais! Luta até o fim de suas energias. E são dois os grandes ensinamentos que o Mago ensina aos atentos leitores: a) os verdadeiros guerreiros preferem tombar no campo de batalha do que ver sua terra devastada e arruinada pelo mal. b) Gandalf, no início da luta, profere uma das frases mais emblemáticas do épico: "You Shall Not Pass!". Parafraseando, essa frase quer dizer o seguinte: Jamais alguém, em sã consciência, deixará o inimigo adentrar os portões do império. Não permitirá mal algum, em sua terra natal.

Já na tradição da civilização judaico-cristã, há uma frase de suma importância do Nosso Senhor Jesus Cristo, que é a seguinte: "O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?8" Podemos, ao longo da vida, ou na maioria do tempo, (mas não todo o tempo de nossa existência) vagar no "vale das sombras". O cristão, em hipótese alguma, deve temer mal algum, seja ele a face que assumir: islâmicos, socialistas/comunistas, heresias, modernismos, Nova-Era, etc., etc. (Poderíamos seguir essa lista infindavelmente, pois o mal prolifera e se multiplica sobre a face da terra, assumindo as mais variadas formas e configurações ideológicas, políticas, religiosas, secularistas, filosóficas, etc.). Mas, diante de tudo isso, o nosso dever é: Temer nunca, lutar sempre! “O cristão sabe que a história será sempre um tecido de males e bens, de luz e de sombras, e que no dia do Juízo é que o joio será separado do trigo. Até lá, ambos crescerão juntos9”.

Desgastante será insano e maligno, vai ser esse vagar rumo ao céu, rumo à libertação individual. Mas, só os verdadeiros combatentes, aqueles que possuem Fé, que são tementes ao Santo Deus e a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, aqueles que lutam todo santo dia, terão essa retribuição por todo esse tempo de combate. Ademais, vale ressaltar também o que o sapientíssimo Chesterton afirma: “quando os homens não acreditam em Deus, eles não passam a acreditar em nada; eles acreditam simplesmente em qualquer coisa10".

Jamais devemos esquecer nossas origens, nossas verdadeiras bases morais, intelectuais e espirituais. As reais tradições estão aí, basta procurá-las e se investir delas.  E nunca se rebelar contra a Santa Igreja, pois só ela construiu essa magnífica civilização chamada de Civilização Ocidental.  

E, antes que eu me esqueça, segue a definição do que nos une e nos convoca à luta como irmãos:  “O conservadorismo é a filosofia do vínculo afetivo. Estamos sentimentalmente ligados às coisas que amamos e que desejamos proteger contra a decadência. Sabemos, contudo, que tais coisas não podem durar para sempre. Enquanto isso devemos estudar os modos pelos quais podemos conservá-las durante todas as mudanças pelas quais devem inevitavelmente passar, de modo que nossas vidas continuem sendo vividas em um espírito de boa vontade e de gratidão11”.


Bibliografia:

1. Trecho de Os Homens Ocos, de T.S. Eliot.
2. Gente Pobre, de Fiodor Dostoievski.
3. Sauron é o o principal inimigo do Mundo, tal como foi seu antecessor. Sendo o principal promotor da desgraça na Terra-média.
4. Trecho de Poema em Linha Reta, de Fernando Pessoa.
5. O Elogio do Conservadorismo, de João Camilo de Oliveira Torres.
6. O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien.
7. O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel, de  J. R. R. Tolkien.  
8. Salmos 23:4.
9. O Elogio do Conservadorismo, de João Camilo de Oliveira Torres.
10. O Elogio do Conservadorismo, de João Camilo de Oliveira Torres.
11.  Como Ser um Conservador, de Sir Roger Scruton.









sexta-feira, 23 de setembro de 2016

O Maligno Império das Palavras Polidas

O Maligno Império das Palavras Polidas

Quando o politicamente correto adentrou e impregnou a cultura da Civilização Ocidental, tratou logo de virar uma camisa de força e uma ditadura      principalmente no nosso querido Brasil      , e inclusive a literatura não deixou de ser afetada: sofreu gravíssimos abalos estruturais, mentais e até espirituais. A crescente onda de palavras polidas, “certas” e fofinhas, virou, além de uma bufa moda, uma repetição ad nauseam. Consequentemente, agigantou-se uma destrambelhada prisão mental e espiritual nos debates. 

A cerceação mental imperou em todos os cantos, ao ponto de você ter de maneirar as palavras e o tom com quem fala. A polícia da fala surgiu, e logo tratou de pôr os grilhões nas mentes e bocas dos indivíduos discordantes, numa forma torpe e sem noção de cercear a liberdade dos indivíduos, tornando-se, assim, mais do que um dever, mas uma obrigação dos zeros à esquerda. Eis qual o ideal deles: “-Custe o que custar, sua liberdade cessará!”. O reino da palhaçada virou um reino de terror e insanidade, com perseguições brutais e banais, repressão de falas e de ideias, e, absurdamente, até censura física tornou-se uma rotina no mundo Ocidental.

Infelizmente, esse gigantesco e nefasto mal na nossa sociedade vêm cada vez mais ganhando espaço e aceitação pela esquerda e pela grande mídia, os quais o promovem com empenho. O politicamente correto, delimitando e conduzindo as falas dos indivíduos contrários “para não ofenderem ninguém” objetiva o propósito de todos ficarem sorridentes e contentes no final desse espetáculo nojento e deprimente. Para esse “final feliz”, acaba colocando a real expressão intelectual e argumentativa do debate sério no escanteio. Franqueza e honestidade, esqueça!, pois essa corrente está apequenando mais e mais os debates e a circulação da alta literatura no país. “Mas uma sociedade que não tolera palavras fortes será uma comunidade de cidadãos fracos: de gente que acabará sempre por impor aos outros uma mordaça mental em nome de sensibilidade particulares        políticas, religiosas, morais”.1

Assim, podemos ver que, ano após ano, o número de jovens e de adultos sensíveis, ou melhor, supersensíveis,  às palavras sérias, duras e verdadeiras vêm aumentando brutalmente. Tanto é, que todos eles creem piamente na seguinte frase: “palavras machucam”. Inclusive suicidam-se, deixando cartas ou depoimentos cheios de convicção, por causa das palavras que machucam. A meu ver, é um hino dos mau-caráter, dos histéricos, dos calhordas. Desta forma, só faz-se crescer e ganhar corpo na sociedade os dodóis, os “oprimidinhos pelo sistema ocidental patriarcalista, cristão, branco, europeu, etc.  e, acima de tudo, o sistema capitalista”. Enfim, isso germina numa verdadeira horda de bestializados e de abobalhados. Como já dizia o George Orwell: Ignorância é Força2. Essas legiões de bárbaros ocos, além de destruírem seus reais sentimentos e a própria moral, tornam seus cérebros prisioneiros desse esquema de poder nefasto, que hoje em dia é a expressão pura da hegemonia cultural. Essa corja lês busca  controlar os espaços públicos e privados, para desse modo ter o poder e impor seus ditames histéricos. Tal como o nazi-fascismo e o socialismo/comunismo soviético faziam no século XX. 

Muitos indivíduos acabam compactuando com esse esquema de poder cultural psicopata por pura imposição e por cair na maligna espiral do silêncio. Uma maldição monstruosa, que forma novos cidadãos da nova ordem mundial em questão de minutos3. E muitos deles infelizmente acabam nunca percebendo isso. Quando há um despertar mental e sentimental, já é tarde demais. Enfim, uma verdadeira lástima...

Quando essas hordas de bárbaros resolvem instigar um embate com alguém sério e que não se permite e não tolera entrar nesse campo do pseudodiscurso politicamente correto, e derruba todo o castelinho de cartas marcada deles, eles ficam ressentidos. Assim, na pura insanidade mental do coletivo, eles bradam os seus chavões de perdedor, que são os clássicos: fascista, homofóbico, opressor, etc. “Do século XIX para cá o ressentimento piorou muito. Ele está em toda parte. Você não pode falar nada que todo mundo se ofende; se você fizer uma crítica, todo mundo toma como pessoal”.4

Aqueles indivíduos sérios e dignos, que travam um honesto embate com os ditadores da fala, são os verdadeiros guerreiros de nosso tempo. São soldados que lutam constantemente em campos de batalha silenciosos, onde ninguém sabe onde há essas guerras e muito menos seus nomes. Estão por aí, lutando dia após dia na busca por um mundo menos chato e menos afrescalhado, em busca de um país menos vermelho."Se você não está preparado para usar a força em defesa da civilização, esteja preparado para aceitar a barbárie".5 

Bibliografia:

1. Vamos ao que Interessa, de João Pereira Coutinho.
2. 1984, de George Orwell.
3. Introdução à Nova Ordem Mundial, de Alexandre Costa.
4. A Era do Ressentimento, de Luiz Felipe Pondé. 
5. Thomas Sowell

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

O Real Golpe

O Real Golpe 

Há momentos na história brasileira que são tão rápidos e decisivos, que quase ninguém nota ou percebe-os com olhos apurados e críticos. Um desses momentos históricos foi o dia 31 de agosto de 2016. Dia esse, que ficou marcado como o último dia da presidanta Dilma Vana Rousseff no poder do nosso querido Brasil1. Querido para nós, trabalhadores e pagadores de altos impostos. Já para a Ex-presidente, nunca foi querido, pois se o fosse, não teria saqueado a nação. Não teria mentido para os brasileiros, nem prometido mundo e fundos. Teria estudado economia, e não inventado que era doutora em economia pela Unicamp. Teria sido honesta com a nação brasileira, mas não foi.

Contudo, houve um momento de sensatez da Ex-presidente no dia 31 de agosto. Passou rápido, batido, quase ninguém o percebeu. Mas foi proferido com canseira. Um cansaço já virando esgotamento mental e físico da “De Uma”. Quem conhece bem as pérolas da “De Uma”, sabe muito bem que frases certas e coerentes da “Ex-Dilma”, são raras, muito raras mesmo2! É uma coisa tão inédita, que é mais fácil você achar uma nota de R$100,00 no chão do ônibus, do que ver a "De Uma" falar bem. 

Assim, saiu a tal da frase modesta e simples dela, que foi dita da seguinte forma: "Quando a gente não tem razão, a gente diz que o que o outro está dizendo é mentira". Uau! E não é que a marmota fala coisa com coisa mesmo!?

Mas, queridas e queridos leitores, como já dizia a "De Uma", não fiquem tão felizes assim, ou tão tristes com tal frase da "De Uma". Essa frase foi uma tremenda ironia. Uma absurda ironia, que representou muito bem os 13 anos de desgoverno do PT3. E representou muito bem as eleições de 20144. Representou tanto, que vale relembrar!

Vamos lá então, relembrar um pouco os últimos e importantes fatos:

Desde o início das campanhas eleitorais de 2014, Dilma Rousseff não só mentiu descaradamente a respeito da real e grave situação econômica do país. Mas pior que isso, ela também manipulou todas as contas para fazer parecer que a crise era menos grave, ou, em outras palavras, para parecer que era uma “marolinha”, ou um reflexo “da crise exterior”, chavão clássico que usou para camuflar a causa da crise no país . A realidade econômica do Brasil foi jogada para escanteio. Mentiu, sonegou e calou, a ponto, aliás, de cometer delitos graves bem como sérios crimes de responsabilidade fiscal. Assim, ela deixava bem claro que não tinha nenhuma condição de entregar o "seu" plano econômico que prometia e defendia como o Diabo.

Como o roubo, a sonegação e a mentira são o modus operandi da esquerda, o projeto econômico petista da "De Uma" não foi, evidentemente, o que ela prometeu, marcando, assim, o mês de janeiro de 2015 como o início do fim. Ou seja, a partir do ano de 2015 até 2016 a política econômica adotada pelo PT foi a implementação, daquele plano econômico prometido por Aécio Neves. 
Até aí, parecia que tudo estava às mil maravilhas: Era o PT na terra e o Diabo no Palácio da Alvorada. Muito lindo e muito fofo, porém a composição estava diferente. Não era como antes. Foi o real início do fim. A "De Uma", tentou colocar em ação a política derrotada nas urnas. Não conseguiu de forma alguma, pois foi totalmente impedida pela guerra que declarou com o Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. 

Vale lembrar uma coisa de suma importância, e que infelizmente já foi esquecida por muitos:  Com o fim das apurações do pleito de 2014,  Dilma obteve 54.501.118 milhões de votos, correspondendo assim a 51,64% do leitorado nacional. Já o Aécio Neves recebeu 51.041.155 milhões de votos, correspondendo assim a 48,36%. Podemos concluir com isso que a diferença foi mínima, uma diferença de 3.459.963 milhões de votos. Assim sendo, se fosse uma ditadura (Um Golpe!, como costumam repetir ad infinitum), dane-se tudo e todos. Numa democracia ocidental é preciso compreender o que as urnas dizem com nítida clareza: o país escolheu um lado, mas a nação dividiu-se em dois blocos.

E é claro, não posso esquecer-me dos votos derrotados e dos que, supostamente, não foram contabilizados pelas urnas.

Quando a aliança foi formalizada com o PMDB, o PT não só garantiu a eleição. Mas isso também possibilitou ao PT a tomada do PMDB via ideologia e disseminação ideológica pelo país afora. Infelizmente (ou melhor, felizmente) o plano não deu muito certo. 

Quem fez questão de lacrar o 13 no dia 5 de outubro e 26 de outubro, teve que encarar o rosto de "Mamãe De Uma" na urna eletrônica. Mas, muito antes de apertar o botãozinho verde do [CONFIRMA], pode ter escolhido acreditar que a imagem daquele senhorzinho chamado de Michel Temer, ali ao lado, não queria dizer absolutamente nada. Ledo engano. Isso dizia muito para os próximos anos, e não só garantiu a vitória do PT e da esquerda, como também definiu os próximos anos de todos nós, brasileiros.

O PT e a esquerda nacional fizeram uma grande escolha para garantir a sua eleição. Conseguiram. Mas, sua "sabia" escolha não só comprometeu todo o programa criminoso petista de poder, como cumpriu com o seu objetivo. 

A melhor notícia a nação é que 1964 é o passado. Não estamos voltando para essa data, muito menos estamos copiando essa data.

A péssima notícia é que o Brasil não está resolvido, ou muito menos livre do julgo petista. Ou seja, não nos livramos da hegemonia cultural esquerdista, e muito menos do maldito Foro de São Paulo. Esse monstro ainda manda e desmanda no Brasil e nos brasileiros5. E, muito cuidado! A esquerda já está se reorganizando para uma nova estratégia de combate. O revisionismo histórico já está aparecendo e não pretende ser modesto ou simples dessa vez. Temos que combater a mentira todo santo dia!, e não podemos esquecer: o Ciro está por vir.

A grande ironia é que o Golpe Petista, de certa forma, foi dada sobre eles mesmos. O feitiço voltou-se contra o feiticeiro. 

Bibliografia:

1. Não é a Mamãe: Para Entender a Era Dilma.    
2. Dilmês: O Idioma da Mulher Sapiens.
3.A Década Perdida: Dez Anos de PT no Poder.
4. Um País Partido - 2014 a Eleição Mais Suja da História.
5. A Hidra Vermelha.