sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Recomeçar

Recomeçar

Novamente nos encontramos no limiar de um novo (re)começo de vida. Um tempo onde podemos analisar, refletir e planejar novas e melhores atitudes e ações a serem tomadas. É uma oportunidade de ouro para cada filho de Deus, na qual ganhamos uma nova chance de mostrarmos ao nosso Pai que podemos ser melhores e almejarmos mais. Dessa forma, temos em nossas mãos a possibilidade única de sermos mais felizes, mais humanos, mais cristãos e mais participativos na construção de um mundo mais católico.

A nova era só começará realmente quando nós definirmos algumas coisas importantes em nossas vidas. Primeiro: termos determinação em transformar momentos difíceis em grandes desafios. Segundo: termos coragem para ultrapassar todos os obstáculos que serão impostos  no  decorrer do ano. E, finalmente: durante esse tempo, devemos procurar ser sempre mais solidários com cada um que esteja ao nosso redor, pois só assim faremos um maior prolongamento e avivamento do espirito cristão.

Como bem disse G. K. Chesterton: “O objetivo de um ano novo não é que nós deveríamos ter um ano novo. É que nós deveríamos ter uma alma nova.” Que o potencial humano e cristão possa revelar-se em cada um de nós durante o próximo ano, e assim nos guiar ao verdadeiro espírito do Cristianismo.

Durante essa nova jornada que breve se inicia, desejo a todos os meus amigos leitores que possam enxergar a luz divina em meio às trevas, porque muitos são chamados, mas poucos os escolhidos (Mateus 22:14). Ver a luz divina é também compreender o nobre e singelo nascimento do Salvador prometido por Deus. E este conhecimento (esta luz) tem o peso do destino eterno para todos nós – independente de crer ou não nisto -. 

Que nós, homens de bem e de boa vontade, armados com os valores cristãos, possamos trazer esperança a essa nação que tanto tem sofrido nos últimos anos, e possamos ser como um rio, esse mesmo de que fala o poeta Thiago de Mello:

“Ser capaz, como um rio que leva sozinho a canoa que se cansa, 
de servir de caminho para a esperança.”


Meus singelos votos a você leitor, é que possas ser alcançado por esta Luz.



sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

O Esvaziamento do Homem

O Esvaziamento do Homem

Numa sociedade tão ridiculamente organizada como a nossa, buscar a normalidade e a sanidade é uma luta diária. É matar um leão por dia e rezar para não vir mais. Assim, cada indivíduo que se vê rodeado por bestas-feras, sente temor, angústia e preocupação constantemente. Surge em cada brasileiro uma inquietação por ver uma sociedade moribunda e terminal, e em relação à qual ninguém tenta reverter o quadro, muito menos busca uma solução nem um tratamento. 

É como ficar plantado feito uma estátua numa longa calçada, sofrendo a cada minuto um novo esbarrão de um transeunte diferente. Onde ninguém esboça uma frase de desculpa, nem de questionamento a fim de  saber o motivo de estar-se parado na calçada sendo esbarrado todo minuto. É ver o caos e seguir em sua direção não esboçando nenhum sentimento. 

O mais curioso disso tudo é que, ao lermos o passado, podemos perceber que esses sintomas eram quase os mesmos, só que de uma forma mais atenuada e concentrada. Hoje, esses males se espalharam feito chuva, molhando tudo pelo seu caminho. "A desordem de nosso tempo consiste em tender para o amálgama, para o informe, para a massa, para a sociedade sem classe, para um mundo sem limites, para uma vida sem regras, para uma humanidade sem discriminações.1" Nesse sentido nosso saudoso poeta que nos deixou recentemente, Ferreira Gullar, num artigo na Folha sobre crítica de arte, detona esse conceito de “arte moderna”, que é feita a partir do feio e do disforme, algo que invés que atrair a contemplação do belo, produz o efeito contrário.

Não só se tende ao errado e ao grotesco, mas se está tombado e debilitado na sarjeta. O que antes aparentava uma ordem, uma sapiência e uma beleza ímpar, hoje aparenta uma deformidade assustadora e até apavorante. Sendo distribuído para todas as classes, aliás, quem começou com essas insanidades, essas atitudes sem limites, essa vida vadia e vil, foi a elite. Que não pode ver um quadro horrível, que já quer comprar e elevar o valor da criatura. 

Sábio o que naquele tempo era insano, que seguia e narrava o seu tempo sem temor de ser repreendido por ninguém, que circulava solto, tipo um lençol no varal, no qual cada golpe de ar desviava com formosura e leveza. Algo sublime. 

Houve em nossa história sérios, honrados e humildes brasileiros, os quais nos avisaram de um futuro tenebroso e incerto. A lista começa em Alceu Amoroso, passa pelo João Camilo, depois vai por Corção, volta em Machado e logo em seguida vai em Carvalho. Assim, foram horas, páginas e livros de pura e elevada reflexão, mas que tristemente foram deixados no fundo da estante.

Ao negar o glorioso e salutar estudo dos gigantes, o homem virou um ser chamado: Homem-massa, o homem despersonificado que foi bem explicado pelo filósofo José Ortega y Gasset, que bem disse: "É o homem previamente esvaziado de sua própria história, sem entranhas de passado e, por isso mesmo, dócil a todas as disciplinas chamadas “internacionais” (...) só tem apetites, pensa que só tem direitos e não acha que tem obrigações: é um homem sem obrigações de nobreza.2"

É uma obra prima forjada pelo mal terreno. Ao perder todo o respeito pelo passado histórico, o homem-massa, vulnerável e moldável por qualquer tentativa de outrem, aceita novas cordas e novos valores sem imposição. Nietzsche fala em transvaloração de todos os valores, o que de certa forma aconteceu na modernidade, que deixou seu valores mais gloriosos se apagarem no passado. É só chegar com um pirulito que o infeliz já pega e sai sorridente com o novo doce nas mãos. "O mundo moderno, enfraquecido na fé, nos oferece um assustador espetáculo de homens esquecidos de si mesmos, extraviados daquela persistência da alma. A prova disto está na facilidade com que aceitam as mudanças que lhes impuseram.3"

Todavia, há uma luz divina nesta floresta negra aos filhos de Deus, àqueles que em tempos sombrios e escassos, mantêm-se unidos e crentes ao Verbo. Seguir e buscar assim como buscou e seguiu Viktor Emil Frankl4, que durante um bom tempo não tinha quase nada e mesmo assim dividia com seus companheiros o que tinha, sendo um verdadeiro cristão e fazendo todo santo dia um milagre no inferno. Seja e tente todo dia ser um bom filho de Deus.  Amém.

Bibliografia:

1. Uma Teologia da História, de Gustavo Corção. 
2. A Rebelião das Massas, de José Ortega y Gasset.
3. Uma Teologia da História, de Gustavo Corção. 
4. Em Busca de Sentido, Viktor Emil Frankl

sábado, 3 de dezembro de 2016

Depois de Cinco Décadas Reluz a Liberdade

Depois de Cinco Décadas Reluz a Liberdade 

Finalmente uma luz no final do túnel aparece na ilha caribenha. Uma pequena luz, mas capaz de iluminar almas e mentes de um povo massacrado por um ditador assassino e brutal chamado Fidel Castro. Criatura maligna esta, que levou uma próspera nação a uma ruína. Um país próspero e muito desenvolvido, com uma população muito séria e culta, ao abismo do desenvolvimento mundial. Um caos espalhado e dividido "igualmente" para cada cubano. 

Fidel Castro um ser desprezível que passou toda uma vida no puro engodo ideológico da esquerda. Um monumento decrépito forjado pelos dois regimes (socialismo/comunismo) mais nefastos já idealizados pelo homem, regimes estes, em nome dos quais Fidel deixou uma marca de sangue de mais de 100 mil mortos na ilha caribenha. Um ser bêbado na loucura, insanidade e perversão demoníaca. Tão baixo moralmente que virou um cego tiranete latino-americano. Um mendigo espiritual miserável, digno só de pena.

Centenas de milhares de cubanos, além de serem perseguidos pelo regime brutal do açougueiro de Cuba, fez com que várias pessoas se arriscassem a atravessar o mar rumo a terra da liberdade. Qualquer desafio é valido e melhor do que viver na ilha prisão do maníaco vermelho, que perseguia e quando pegava alguns cubanos fugindo, mandava para o paredão. Pobre povo cubano.

A maior tristeza humana é saber que pelo mundo afora há ainda regimes por intermédio dos quais a liberdade é cerceada por sistemas brutais e ditadores psicopatas. Como bem disse Dom Quixote ao seu fiel amigo Sancho: “A liberdade, Sancho, é um dos mais preciosos dons que os homens receberam dos céus. Com ela não podem igualar-se os tesouros que a terra encerra nem que o mar cobre; pela liberdade, assim como pela honra, se pode e deve aventurar a vida, e, pelo contrário, o cativeiro é o maior mal que pôde vir aos homens.”

A liberdade não é um luxo de bons tempos, nem um privilégio de uns ou de uma pequena classe social, mas um direito de todo ser. Um direito que deve ser vigiado, defendido e zelado por todos que o possuem. Jamais devemos abrir nossa liberdade por tiranetes como Fidel ou regimes libertadores. Devemos sempre lutar pela liberdade de expressão e de ir e vir. Liberdade acima de tudo!

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Uma Civilização Esquecida

   As coisas permanentes, ou melhor dizendo, os clássicos da civilização ocidental, são fontes de eternas e inesgotáveis verdades

Todo mundo pode errar durante o espetáculo da vida, mas a partir das inúmeras burrices subumanas que floresceram nos últimos tempos, fez-se surgir, ou melhor dizendo, fez-se regredir conceitos básicos do homem ocidental, conceitos elementares para uma boa e sã Vida. O certo virou errado e o errado virou certo, uma bagunça tomou as mentes e as mentes viraram uma bagunça. Os idólatras da modernidade, com seus discursos histéricos e criminosos, criaram lentamente um debate no qual você não pode mais apresentar conceitos sérios, simples e permanentes. Se ao menos tentar sair do cânone da esquerda, ou melhor dizendo, do cânone hipermodernista, imediatamente você começa a ser vítima de uma mordaça e de um vil ataque não só em relação às suas falas e opiniões, mas a você e a sua integridade humana. O Trump está aí para provar o que eu digo. Se não podem derrubar o certo, derrubam você com o clássico modus operandis do assassinato de reputação. 

Com isso, é preciso fazer uma breve e franca definição do que são os clássicos, e tentar sair desse pântano mental e discursivo, e assim, rumar às estradas romanas em busca de Roma. No idioma Latino, classicus possui o significado de pertencer à primeira classe, que é de primeira ordem, de elite. Ou seja, tudo que é primoroso e elevado.  Já na literatura ocidental, é tudo aquilo que possui uma relativa tradição ou que seguem as opções estéticas da Antiguidade Clássica, ou seja: greco-romana. Inúmeros autores não só seguiram essa classe elitista, mas a copiaram ad infinitum. E foi graças a essas cópias e buscas pela primeira ordem, que floresceram as coisas permanentes, elevadas e sublimes no mundo ocidental. O que seria de nosso mundo sem um Platão, um Aristóteles, um Cícero, entre inúmeros outros nomes de relevante valor?  

A exuberante beleza da literatura greco-latina está na sua forma austera, na sua opulência, nas sublimes descrições, sejam em diálogos onde permeia uma intensa e monumental guerra, como na Ilíada, ou na calma de Ulisses com a temível Circe, na Odisseia. Destas formas magistrais e imponentes, a literatura clássica galgou largos passos rumo ao ápice da erudição, do purismo e do apurado estilo ocidental, chegando ao cume do Olimpo da escrita universal. 

A literatura clássica é um grande farol que ilumina as noites mais escuras dos navegantes. Buscar implacavelmente essa luz divina é o dever do franco homem ocidental. Pois ali, permeiam as coisas permanentes da vida ocidental, morte, dor, alegria e vitória são conquistadas com um tofel homérico, com muitos louvores e flores de louro.  

Contudo, nossa literatura clássica está intrinsecamente arraigada ao habitual, no que é costumeiro e usual, em outas palavras, no dia a dia. Os grandes autores preocupavam-se em mostrar em suas épicas obras, tudo aquilo que é comum durante o cotidiano das pessoas simples, ou seja, o que está presente na realidade, na materialidade da existência (como diriam os materialistas, os quais acusam essa literatura de utópica e idealista, sem perceberem, nas suas mentalidades revolucionárias, que eles próprios o são). Um grandioso romance desse estilo é: O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas. 

Muito além disso, eles tinham um profundo esmero pela língua e pelo que é tradicional, sabiam muito bem distinguir o que era permanente do que não era permanente e supérfluo na sociedade. É por isso que em todas as frases há uma elevação narrativa, que ao ler-se atentamente, pode-se ver as mais fabulosas descrições. Descrições tão belas, que até as estátuas passam a ter alma. Belas descrições como está: “Contentai-vos em conhecer as obras de Deus; pois, se os homens tivessem podido conhecer todas as coisas, teria sido inútil o parto de Maria; e os vistes desejar, sem resultado, conhecer a causa das coisas, tanto que a insatisfação de seu desejo constitui, eternamente, a sua pena.”1 Literatos grandiosos, os quais conseguiam desvendar e encontrar no mais íntimo de suas subjetividades humanas e individuais aspectos criativos a fim de  solucionarem e mudarem determinados problemas nos quais se encontravam imersos historicamente., Destas formas, desvendavam mundos nunca dantes navegados. 

"Nosso dever é antes encontrar a conexão entre fé e razão em uma sociedade em que não se sabe o que é a fé1", assim explicava o filósofo Richard M. Weaver. Muito mais do que só ler os clássicos, é de essencial valor para se formar um indivíduo sério, pois ler dará uma gama monstruosa e muito rica de diversas personalidades e de como lidar com essa diversidade. E como já dizia o grande escritor alemão Hugo von Hofmannsthal: "Nada está na realidade política de um país se não estiver primeiro na sua literatura". Desta forma, os brasileiros, atualmente, em sua vastíssima maioria, dão pouca ou nenhuma importância à leitura de obras como: Ilíada, Odisseia, Crime & Castigo, O Conde de Monte Cristo, etc. E obras brasileiras, fundamentais, como: Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas e tantas outras não menos essenciais. Esvaíram-se os clássicos ocidentais e o torpe, abjeto e subumano elevou-se a todos os cantos do mundo. 

O homem sério de hoje nada mais é do que um peregrino numa terra pagã. Sentado no banco do barco do Caronte, ele só pode ver desgraça, aflição e gritos, mas sem sons, desgraça sem dor, sem agonia e sem sangue. É ver a aflição mais pura e não poder fechar os olhos, é ver bocas se rasgando em gritos e não escutar nenhum som. A era da hipermodernidade é uma era de pura negação do óbvio, é culto ao absurdo, ao nonsense e ao ilógico. As grandes e sinceras narrativas não são mais negadas com escritas ou com diálogos elevados, mas são negadas com histeria. É colocar as mãos nos ouvidos, fechar os olhos e gritar ao máximo possível. Como já dizia o G. K. Chesterton: “Chegará o dia em que teremos que provar ao mundo que a grama é verde”. A alta literatura ainda está aí, os leitores vorazes ainda estão aí, mas há algo que não está mais aí: a crença no culto está miseravelmente enfraquecida, deixando assim a cultura decaída como um moribundo na sarjeta. Resta-nos somente a lembrança de tempos gloriosos...

Aos acordados de plantão, notam que relembrar o passado é cada vez mais complicado que lembrar o que se comeu ontem, e isso é um desafio hercúleo. A perda da noção de tempo é um sinal claro de que somos uma sociedade devastada, atordoada e açoitada. Se não temos memória, não temos tradição, muito menos noção do que já foi outrora nosso mundo, antigo reino de glória e de valores altos. Somos  uma civilização solta num mar infinito, e que rema incansavelmente atrás de uma terra firme, mas já sem saber se existe uma terra firme. A verdade suprema foi transformada e relativizada pelos teóricos progressistas ao longo dos anos.  É um povo que deseja algo simples, mas desconhece o simples e o verdadeiro. “A sociedade almeja por uma liderança honesta e capaz; se as diferenças naturais e institucionais entre as pessoas forem destruídas, em breve algum tirano ou alguma sórdida oligarquia criarão novas formas de desigualdade2.”

Resumindo a trama, a restauração da sanidade só será possível se o culto à alta cultura for restaurado. Buscar o certo ao duvidoso, arrancar de si a secularização que permeia sua vida e mente, e por nesse lugar o amor Divino. Esquecer-se de crer e lutar sem temer a hipermodernidade que desintegrou e separou a nossa sociedade, que nos ofereceu uma servidão e ilusão que ataca a nós e a nossa religião, e que empreendem um ultra esforço para apagar de vez nossa literatura, nosso idioma, nossa religião e principalmente, o resultado de tudo, que somos nós. 

No final disso, depois que sacrificamos nossas vidas e nossas energias, deixamos de ser iguais aos outros homens, ou melhor dizendo, os outros homens deixam de ser nossos iguais, e qualquer um que tomou essa resolução sente, na mesma hora, suas forças decuplicadas e seu horizonte se ampliar.

Bibliografia:

1. As Ideias Tem Consequência, de Richard M. Weaver.
2. Os Dez Princípios Conservadores, de Russell Kirk.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Estúpida Juventude

Estúpida Juventude

Descrédito total e menor fé nessa birrenta e boboca juventude massa, que assalta as vias e prédios públicos e até privados pelo país. Estúpida mocidade sem, ao menos, idade para discernir o certo do errado. Estúpida juventude que solta rojão na cabeça de cinegrafista, que destrói na pura maldade a câmera de um cidadão, que depreda, picha, toca fogo e se perde nos engodos proclamados pelos débeis "intelectuais" travestidos de paladinos da moral e da verdade nacional.

Pobre mocidade, perdida nas odisseias vermelhas... Sem a mínima noção e sem reação alguma. Se essa mocidade quixotesca, que vaga sem rumo pelas ruas, representa o jovem que é esperto, atento e engajado na política nacional, eu prefiro estar longe, muito longe dessa juventude toda. Prefiro ser idiotizado, abobalhado e até manipulado, do que sair como bárbaro gritando chavões e depredando meio mundo, sanha de se  buscar o nada, estúpido e quimérico.

Sou e serei sempre oposição aos raivosos sem causa e sem noção. Serei um muro de contenção aos invasores cegos e bufantes que só querem tocar fogo e rir da desgraça alheia. Usarei e até abusarei de meios para emperrar seus avanços rumo à destruição do país. 

Como bem disse Paulo Francis certa feita: "(...) existe no jovem um impulso à tirania emocional (que Freud nos ensinou ser de fundo sexual) que precisa ser resistido com toda a força. É difícil, é fatalmente doloroso, pois todos nós descobrimos cedo ou tarde que somos muito menos do que desejamos e que nossas causas são tão falíveis como a nossa humanidade que as criou. Era bom crer. Era a aurora da minha vida. Mas isso de fazer manha quando a realidade e os nossos valores se provam frágeis, não querendo reconhecer que talvez tenha sido um lamentável equívoco da nossa parte, é atrofia da alma, é a condenação à eterna infância do subdesenvolvimento.1”. 

Equivocados e alienados com um logotipo lindo e chamativo, essa é a juventude vermelha brasileira. Ela “busca” uma terra encantada para chamar de sua. São jovens que buscam dia e noite, e que perseveram no erro e na loucura de cada dia. Quando são indagados sobre seus erros, não medem esforços em usar a força e a violência, vão logo mostrando suas "valentias" e as bonitas "defesas" das suas ações e ideias. Eis a juventude esquerdista aborrecida. 

Uma massa mascarada e rebelada, que sempre foi mimada e muito infantilizada, que está cada vez mais e mais sedenta por direitos, bolsas e privilégios, e possui uma total negligência quanto à realidade e a responsabilidade. Não há limites e barreiras para essa manada de raivosos; mendigos por um tostão a mais no bolso e um direito a mais. São escravos da eterna infância. Geração de “supervisados” e supersensíveis, como diz Pondé2. Se nossa nação evoluir (moralmente, eticamente, etc.), num futuro mais adiante, nos envergonharia já termos, no seio do país, uma juventude tão besta, manipulada, massa de manobra, e que apesar de tudo se acha forjada de pensamento “crítico” e “social”. 

Bibliografia:

1. Diário da Corte, de Paulo Francis.
2. A Era do Ressentimento, de Luiz Felipe Pondé.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Hecatombe Mental

 Hecatombe Mental
   
Alastrou-se sem rumo e sem lei a insanidade, não só no Brasil, mas em todos os cantos do mundo, em cada país, cidade, vila, aldeia, etc., a vil política falaciosa e criminosa, uma indústria de historietas; políticos servos do regime, encastelados em seus suntuosos ternos e em suas cidades planejadas à avião, mas sem a mínima noção, aliás a noção mental inexiste nesses “homens” ocos, inexiste o real, a verdade e a seriedade. Aos atentos espectadores desse funesto e delirante espetáculo “macunaímico” (do personagem Macunaíma, “o herói sem carácter” do escritor Mário de Andrade), notam que a política e seus escravos transformaram-se em vitrolas quebradas de puro engodo, idólatras de ideologias assassinas (vide: socialismo/comunismo (Livro Negro do Comunismo)) e até de seitas satanistas, acabaram virando rotina nesse mundo distorcido e retorcido. 

De engodos atrás de engodos, acabou-se forjando a crença infundada de que as ideias políticas devem ser uma constante busca pelo reino encantado, onde nada, absolutamente nada de errado ou chato habitará ali. Eis que surge então, um pseudomessianismo, e dessa forma, uma expedição foi instaurada rumo ao impossível. O paraíso, seja lá como ou onde fica, iremos buscar, custe o que custar, e por quais meios que devemos utilizar. Lá iremos gritando e com vendas.

Numa análise mais arqueológica e profunda, nota-se que essa crença popular foi criada lá no remoto século XVIII, mais precisamente na Revolução Francesa1, tendo uma considerável participação do Iluminismo2. Desde lá até cá, as pseudocrenças e vis ideias coloridas e rebuscadas são criadas e repetidas ad infinitum pelos quatro cantos do mundo ocidental. Berradas e repetidas, e mais repetidas, acabaram surgindo como abomináveis e terríveis criaturas, que ganharam corpos deformados, assim como Frankenstein, esse monstro mental e físico, formado através dum mantra dos paladinos do mundo lindo e fofo, virou num cemitério de ideias e de pessoas, e o pior que isso, (e isso não bastando) ninguém (mas ninguém!) nota quem já morreu e quem ainda está moribundo devido a essas consequências dignas do filme mais monstruoso já encenado nos palcos da terra. E assim, infelizmente agitou-se os dogmas políticos onde antes residiam os virtuosos dogmas religiosos, que eram o norte das sociedades mundiais. Antes, havia uma relativa ordem, agora, eis a pura desordem social. 

Todavia, percebemos que quando as relações humanas mais amorosas e sadias      neste caso, poderemos nos valer de vários e até de inúmeros exemplos      não têm nenhuma preocupação finalística. Só havendo, desta forma, uma real prosperidade e bonança moral e material, quando não há um contrato, não há segundas intenções. Mas, quando nós, homens, nos apaixonamos por alguma mulher, não buscaremos o casamento e seus contratos e ritos, com algum objetivo escuso, o matrimônio é o fim de uma longa e solitária etapa e o início de uma linda e vasta jornada, só que agora, há união e carinho. Em suma, há muita e desconhecida vida após o casamento, há desta forma uma continuidade dos planos e da vida conjugal no matrimônio.

Dessa forma, devemos ver a sociedade, antes de mais nada, como constante meio para se viver e conviver harmoniosamente, um grande espaço onde o compartilhamento, união e confiança seja a norma e base desse lar. Ou seja, a existência de uma sociedade sadia, normal e civilizada, só é possível graças a uma duradora confiança. Pois a confiança no semelhante é a base das sociedades ocidentais3. Se, por ventura, a confiança deixar de existir ou de abundar pelas ruas, casas e instituições, e contrariamente, se a desconfiança surgir e crescer, a sociedade se transformará num reino de caos e barbárie, uma anarquia pura, e conflitos sérios irão pipocar pelos quatro cantos do país sem o menor controle dessas desgraças. 

Os instintos mais funestos e horrendos do homem virão à tona, virando uma rotina nas sociedades. Constituição e leis serão esquecidos por todos, inclusive pelos agentes da lei. É por isso que digo, os relacionamentos humanos, pode ser eles amorosos ou amigáveis, só obterão prosperidade quando não se apoiam num contrato, ou seja, sem uma objetivação do relacionamento.

Devemos conviver e nos relacionar sem medo de sermos punidos, pois um relacionamento de franca amizade só perdura quando a manutenção da camaradagem entre as duas partes não está escrita, muito menos prescrita numa lei, com um ou mais propósitos outros que não seja a própria existência da amizade. Namoro, casamento, família, etc., só se mantêm com sólidas e cristãs verdades, com um profundo amor e com uma sólida e inabalável confiança. É assim que deveríamos ver a sociedade ocidental.

Toda sociedade, antes de mais nada, é um constante meio de vivência para todos os indivíduos, um imenso espaço onde o compartilhamento de relacionamentos deve-se ser da maneira mais natural possível. Mesmo que as leis, contratos e até a Constituição, de fato existam, jamais deveriam ser elas os “principais” objetivos de nossos relacionamentos sociais, só por reflexo e necessidade temporal, ponto. Não se ajuda a mudança do seu vizinho, por que há um tratado jurídico, nem se estabelece leis ou cláusulas para ajudar uma pessoa que caiu na rua. Todos esses relacionamentos só são feitos por pura e simples camaradagem cristã, sem segundas ou terceiras intenções, ou seja, o que prevalece sempre é o ato cristão. Só um meio sem objetivação final que não seja o próprio, livre e puro agir em si mesmo.

Infelizmente, é uma grande lástima, mas a real e única essência social, ao longo dos séculos, foi perdendo suas características reais e básicas. Hoje, em dias nos quais cada vez mais há desfiles de mísseis nucleares e tecnologias insanas, muitas pessoas perderam ou desconheceram a sagrada noção de que não fui eu quem criei o mundo, mas quando eu aqui cheguei ele já estava estruturado, estruturado graças à religião e ao cristianismo. Já para os radicais modernistas e progressistas, devemos mudar a sociedade à nossa imagem e semelhança, e outros, mais radicais ainda, proclamam que já devemos transformar e revolucionar não só a sociedade, mas todo o mundo, todos os povos e todas as culturas. (Globalistas promotores de uma Nova Ordem Mundial)

A ideia de que, bem ou mal, a sociedade já estava aí e a mim cabe integrar-me a ela e melhorá-la com minhas habilidades e capacidades, inexiste hoje em dia, oculta-se das pessoas. Desconhecem ou fingem esquecer essas coisas simples, mas sólidas, pois a real essência do indivíduo é primeiro mudar-se, depois sua família aos poucos e, no mais tardar, seus amigos, e assim por diante. Só aí já são mais de 50 anos de vida. Quem pensa ou lembra disso hoje em dia? Aliás, alguém chega a pensar nisso hoje em dia?

Ninguém tem o direito de ser engenheiro social revolucionário, aquele que vai ditar as regras, que vai impor manifestos sobre temas que todos devem consentir e seguir fielmente. “As massas são conservadoras, não somente em virtude do número (é mais fácil convencer de uma novidade a um pequeno grupo do que a todo o mundo) mas pelo fato de que as pessoas pobres são mais tímidas e respeitam mais a autoridade. São os grupos de elite que fazem as revoluções      o povo é conservador.4” É graças ao respeito pela autoridade, pela ordem e tradição cristã, que muitas das funestas ideias de esquerda, da modernidade e da heresia mundial não conseguiram adentrar no Brasil afora de uma vez por todas e imperar. 

Já a elite nacional, com seus louvores exacerbados aos fetiches satânicos filosóficos, sociológicos e modernistas, ficou presa em si mesma, destruindo-se, e não mais representando o real povo. Quem dessa elite atual, crê e diz: “Creio em Deus-Pai, todo-poderoso, criador do céu e da Terra; e em Jesus Cristo, seu único filho, Nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos.5” Quem hoje na elite reza assim? Quem da elite possui Fé? Ou melhor, quem na elite atual, é católico praticante? Já a sociedade, conservadora e que tem aversão ao modernismo e a esquerda, reza e possui muita Fé. Infelizmente não o é massivamente, como já foi outrora, mas há um grande temor e Fé ainda, que, se for explorado e bem trabalhado, poderá voltar.

Contudo, o real início do problema social é, ou lidamos com a sociedade como um só e eterno meio, ou seja, com uma sociedade de confiança, religiosa e conservadora que evolui seu tradicionalismo muito lentamente e sempre testando as novas modernidades, ou usamos ela como um idiota útil, que no final abateremos sem dó e sem nenhuma piedade. Algo típico na mentalidade modernista esquerdista. 

Usar e abusar de outrem para um fim é, não só mau “caratismo” do sujeito, mas prova a pura inexistência de bondade, ética e cristianismo no humano. Cada vez mais, pululam na grande mídia notícias de golpes financeiros bilionários, abusando dos cidadãos, de suas míseras e modestas confianças, esperanças são roubadas além da vida dessas pobres almas, e sem esquecer do tempo, algo precioso e que nunca mais retornará a nós.

Propagandas e mundos utópicos usam e abusam de slogans "criativos", artimanhas sacanas e novas estratégias para fisgar e enganar novos transeuntes desavisados, seduzir como o Diabo e fazer o Diabo, a mais “engenhosa” tática política contra a sociedade atual. Tudo isso, acaba tendo um horrendo desfecho. Cedo ou tarde o fim chegará. Mas o que não há desfecho, nem mostra que um possível fim é o avassalador poder ditatorial do Estado, controle e mais controle, danos irreversíveis na sociedade passam a serem feitos. A crença de que a sociedade não é e jamais deve ser usada como um trampolim já é esquecido. Preso nas catacumbas mentais, fica a sanidade humana.

Utopia e ideologia, a sanha busca de algo lindo e perfeito. O paraíso terreno em pouco tempo e sem nenhum esforço, sem labuta e com muito lucro. Prudência, diferença social, tradição, esforço, dedicação e religião são esquecidos e até vilmente distorcidos para se chegar ao tão sonhado mundo perfeito. Distorções de toda a economia, da realidade humana e social são feitos sem dó e sem muito pensar, tudo para se obter o perfeito mundo e o novo homem, mera massa inconsciente, pronta a ser moldada feito um boneco Lego engano dos zeros à esquerda, o novo sistema implantado germinara em mais pobrezas e mais desigualdades.

No Livro Negro do Comunismo podemos observar o triste relato de como foi o século XX. Cem anos de pura tentativa de se implantar a mais brutal e funesta utopia já forjada pelo homem (será mesmo que era um homem em sã consciência, ou era um homem possuído? Eis minha dúvida...). Vários slogans foram erguidos em vários países, que prometeram o desconhecido e lindo mundo encantado, e todos sem exceção, acabaram criando um monumental inferno na terra      a história repetiu-se; deixaram um Cavalo de Troia adentrar pela cidade. Já no outro dia, morte, destruição e desgraça abundam por todos os cantos da civilização.

Idealizaram-se e criaram-se músicas, filmes, livros, manuais, bandeiras, hinos, etc. Tudo isso para se alcançar a tão derradeira busca homérica, a jornada rumo ao paraíso terreno. Pregações violentas e insanas surgiram, revoluções armadas e culturais tomaram o mundo e a realidade, que foram dobradas à imagem e semelhança da mentalidade de alguns. “Nós nascemos neste tempo e devemos bravamente seguir o caminho ao destinado fim. Não há outro jeito. Nosso dever é manter a posição perdida, sem esperança, sem resgate, como o soldado romano cujos ossos foram encontrados em frente ao portão em Pompeia, que, durante a erupção do Vesúvio, morreu em seu posto porque eles esqueceram de liberá-lo. Aquilo é grandeza. Aquilo é o que significa ser bravo. O honrado fim é a única coisa que não pode ser tomada de um homem6”.

Bibliografia:

1. Reflexões Sobre a Revolução na França, de Edmund Burke.
2. Os Caminhos Para a Modernidade - Os Iluminismo Britânico, Francês e Americano, de Gertrude Himmelfarb.
3. A Sociedade de Confiança - Ensaio Sobre as Origens e a Natureza, de Alain Peyrefitte.  
4. O Elogio do Conservadorismo, de João Camilo de Oliveira Torres
5. Credo Apostólico.
6. Oswald Spengler.





quinta-feira, 20 de outubro de 2016

O Total Desconhecimento do Sr. Aécio Neves: à serviço da (Des)informação

O Total Desconhecimento do Sr. Aécio Neves: à serviço da (Des)informação

"Se há uma coisa que quanto mais se perde menos se sente sua falta, essa coisa, imaterial, diga-se de passagem, é a inteligência.1" Já dizia o Grande Olavo de Carvalho. No dia 10/10/2016, foi publicado no site da Folha de São Paulo um texto do sr. Aécio Neves, com o seguinte título: "Indicação de Guterres e Nobel à Santos alimentam expectativas sobre a paz2." Aos leitores desavisados que leem pela primeira vez o texto, acabam não percebendo que as duas indicações, uma para a ONU e a outra ao prêmio Nobel da paz, são extremante erradas e até criminosas. Mas, desculpem, isso é um grandioso engano, ou melhor dizendo, uma grande desinformação feito pelo sr. Aécio Neves.

Houve duas frases escritas pelo sr. Aécio Neves, nas quais se subtendem um total desconhecimento do que realmente anda ocorrendo no mundo, ou uma tremenda ocultação de informação de suma importância, entretanto, básica, de como foi essa monstruosa entrega do Nobel da Paz fajuto aos principais criminosos da Colômbia e a indicação do Guterres à ONU. 

A primeira delas é: "...duas notícias no front internacional nos deram esperança de dias melhores no planeta." Ao ler essa frase, o leitor já fica maravilhado, já sente que há uma esperança por dias melhores na Colômbia, ou que o fim da guerra está mais perto do que nós pensávamos. Tudo não passa de um tremendo blefe do sr. Aécio, que além de induzir a uma esperança errônea e que é impossível de se obter com acordos com criminosos do bando narco terrorista FARC, mostra que é possível fazer parcerias com criminosos e esquecer todas as atrocidades desse de um dia para o outro. 

Vamos aos fatos incontestáveis e disponíveis aos escritores sérios, que não perdem tempo escrevendo textos bobocas e com viés de pura desinformação. No dia 6 de outubro de 2016, a presidente do Comitê Norueguês do Nobel, Kaci Kullmann Five3, anunciou ao mundo a escolha de condecorar o Prêmio Nobel da Paz ao presidente colombiano Juan Manuel Santos. Aos três principais jornais do mundo, como o espanhol El Mundo, que o considerou como algo inapropriado, o jornal americano The Wall Street Journal, que o rotulou de estranho e o diário italiano, Corriere della Sera se perguntava se essa eleição tinha um real sentido. Tudo isso, passou debaixo dos olhos do sr. Aécio, uma prova de total desinformação sobre o assunto.

Se isso já não bastasse, vem o pior: depois de longos e morosos 6 anos de acordos com o bando narco terrorista FARC, acordo este que era combatido pelo povo colombiano veementemente, Santos passou por cima do povo como um rolo compressor sem dó e sem ligar para as opiniões do povo colombiano. Sua arrogância e sua falta de espírito democrático acabou sendo fator decisivo para tomar um "soco" popular estrondoso. Somente 17% dos eleitores colombianos aprovaram esse absurdo acordo com a quadrilha FARC.

Mas toda essa história, insana e criminosa, só foi possível graças aos planos ocultos, os quais levariam aos interesses mais escusos já pensados, resultando em um baita roubo da riqueza colombiana. "Antes de ocupar seu atual posto no Comitê Nobel, entre 2003 e 2007, Kullmann Five foi vice-presidente do conselho Statoil, a maior empresa petroleira norueguesa. O governo desse país, cujo papel como fiador nas negociações de paz é chave, possui a maior parte das ações da empresa, à qual, em 2014, sob o governo de Juan Manuel Santos, foi concedida uma licença de exploração nas águas territoriais colombianas do mar do Caribe4". Assim, começamos a ver o real motivo de conceder o Nobel à Santos, o que foi um puro jogo de interesses e claramente, um jogo sujo, travestido de intenções democráticas e pacíficas, para criar mais instabilidade social na Colômbia. 

Dessa forma, já fica extremamente nítido aos leitores que o sr. Aécio Neves desconhece o tema e, no seu achismo provinciano, alega que está surgindo uma: esperança de dias melhores no planeta, o que, para um estudioso e formador de opinião autêntico, é algo risível. Agora, vemos tal frase com real sentido, sentido esse de pura desonestidade e falta de veracidade. Temos a certeza que se houvesse um verdadeiro julgamento em relação ao presidente Santos, ele não seria agraciado pela enorme contribuição à paz, mas sim seria “condecorado” pela “brilhante” contribuição ao crime internacional.

Já a segunda desinformação do sr. Aécio Neves é “um pouco maior” (com se o que já fez não fosse algo extremamente sério), mas não muito difícil de ser entendida e de ser explorada. Começa assim:  "A indicação do português António Guterres como novo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e o prêmio Nobel da Paz conferido ao presidente colombiano Juan Manuel Santos são acontecimentos emblemáticos que alimentam expectativas em relação à capacidade global de enfrentar com mais assertividade questões decisivas para a paz mundial."

Duas coisas são importantes nesse momento: a primeira delas é saber quem é esse tal de António Guterres que, na pura insanidade do sr. Aécio, crê que ele pode levar a uma paz mundial, e que esse tal de Guterres pode levar a um enfrentamento mais sério às crises e tomar decisões mais importante e robustas em relação a isso. Ledo engano do sr. Aécio, ou melhor dizendo, outra grande desinformação.

No dia 5 de outubro de 2016, foi escolhido o novo secretário-geral da ONU, seu nome é António Guterres. Português de 67 anos, irá substituir o sul-coreano Ban Ki-moon, de 72 anos. Aos lusitanos coerentes e atentos, em especifico a jornalista portuguesa Maria João Marques, que escreveu: "Depois do último 5 de outubro, é imperativo mudar o tema do feriado. A implantação da república em Portugal não excita ninguém – foi há mais de cem anos e deu origem a um dos períodos de maior bandalheira da história da Europa e arredores – pelo que é tempo de celebramos as peculiaridades do modo de ser português. Assim, sugiro que se substitua pelo ‘dia da saloiice nacional’ ou ‘dia da carneirada lusitana"4. Se os lusitanos estão raivosos e indignados com essa escolha, não é uma boa escolha racional acreditar que esse António Guterres vá enfrentar e defender realmente a paz mundial. Há caroço nesse angu, e vamos descobrir logo.

Essa tal indicação do António Guterres é infinitamente mais importante para o Brasil do que o pleito do dia 2 de outubro. Pareço dizer coisas absurdas, que não estão centradas na realidade, mas infelizmente é a ONU que manda e desmanda no nosso país, e é por causa dessa vil instituição que muitas das insanas, estupidas e tenebrosas leis vêm ao nosso país ser "debatida" e instaurada em tom de superioridade supranacional e com autoridade de validade “mundial”. Uma dessas insanidade que não me deixa mentir é o que foi proposto pelo Conselho da ONU, que sugere uma medida que põe fim à Polícia Militar no Brasil5. Quem possui vários seguranças fortemente armados e uma vida estável e segura (esse sim, burgueses estúpidos) é facílimo defender um tipo de proposta como essa, mas já para o simples cidadão brasileiro, é os outros 500? Os cariocas não me deixam mentir, não é mesmo?

Mas, voltando ao Guterres. Quem é afinal esse novo secretário-geral da ONU? Conservador, cristão e defensor dos bons costumes e da tradição ocidental NÃO É. Infelizmente, António Guterres, um português muito do safado, têm uma história grandiosa ao serviço e à causa socialista/comunista revolucionária em Portugal. Sendo um membro extremante ativo do Partido Socialista Português, e sendo membro desde sua fundação no ano de 1973. Ou seja, possui uma tradição na esquerda e sabe muito bem as estratégias do movimento criminoso. Subverter, desinformar e revolucionar é o tripé de sua vida pública, possuindo um hábil domínio dessas malditas artes da esquerda. Também foi secretário-geral deste mesmo partido, durante os anos de 1992 até o ano de 2002, e também acabou sendo membro ativo da alta cúpula da Internacional Socialista. Sendo primeiro vice-presidente e depois como presidente.

Se essa história absurda e criminosa toda não fosse o ápice, o pior está por vir: Guterres também esteve à frente do governo de Portugal, ficando durante longos 7 anos. Foi um total desastre na administração, um tremendo interventor obsessivo. Desperdiçou, sem dó e sem piedade, o dinheiro público. Mas, em contrapartida, acabou avançando o progresso das agendas de vários sociais “globalistas” e, é claro, o controle da esquerda em Portugal. 

O gran finale sobre o António Guterres é saber que, a partir de janeiro de 2017, teremos um louco na chefia da ONU, que durante bom tempo bagunçou a política de refugiados na Europa, incentivou a onda de islâmicos a tomar a Europa, e foi o principal promotor da invasão e tomada da Europa, alegando ser um refugiado e um pobre coitado. Assim, todos nós teremos infelizmente um tremendo socialista/comunista histórico, com uma ampla e sólida experiência na guerra cultural e habilidoso engenheiro social, que irá liderar uma organização multibilionária. 

Em suma, o sr. Aécio Neves provou um total desconhecimento do que realmente anda acontecendo na fronteira de nosso país, total desconhecimento de quem presidirá a ONU durante 5 longos anos, e um total desconhecimento do acordo do presidente Colombiano Santos com o bando narco terrorista FARC. 

Bibliografia:

1. A Longa Noite, de Olavo de Carvalho.
2. Indicação de Guterres e Nobel a Santos alimentam expectativas sobre a paz, de Aécio Neves.
3. O Nobel da Paz fajuto e o petróleo para a Noruega, de Lia Fowler.
4. O Nobel da Paz fajuto e o petróleo para a Noruega, de Lia Fowler.
5. Epicamente saloios: Quem é o futuro secretário-geral da ONU? de Maria João Marques.
6. Conselho da ONU sugere fim da Polícia Militar no Brasil, por Estadão.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

O Lento Alvorecer

O Lento Alvorecer

Oh mia patria sì bella e perduta!  1

Depois de ficar longas noites “trancafiado” na masmorra, o miserável e esgotado cidadão brasileiro, envolto em trapos, acha uma escapatória desse vil e gelado pesadelo a que foi condenado. Das longas e morosas décadas torturantes de puros erros e de falsas crenças a que foi induzido, só o levou a uma coisa: o aprisionamento. Preso fisicamente ou mentalmente, o que é pior? “O inferno é ambos, mas é também o mundo de angústia e tormento que o homem constrói para si mesmo ao longo da história”2.

O crescimento vertical da esquerda revolucionária no Brasil fez surgir o histérico e nefasto império hegemônico das pseudo-ideias errôneas. Isso aconteceu assim que foram tomando cada parte do Estamento Burocrático e do dia a dia do cidadão brasileiro, moldando-os à sua imagem e semelhança. Assim, o Brasil foi feito refém de um maldito e insano reformismo sem noção, um esquema de controle mental e social, que beira a insanidade humana. Desta forma, alvoreceu a mentalidade em que prega a seguinte crença na sociedade brasileira: “O revolucionarismo deseja construir o futuro como se o passado jamais “existira”3

Quando o cidadão descobre o projeto maligno, e bate de frente com esse projeto cruel de dominação e aniquilação nacional, muitos ficam nervosos, afoitos e tensos, pois não sabem o que fazer, muito menos por onde começar a combater tal inimigo, de proporções imensas. "Mas se os bárbaros estão cá dentro, que podemos nós fazer? Denunciá-los e combatê-los, sem dúvidas. Mas também, sob outra estratégia, imitar os antigos monges sitiados, a fim de preservar e cultivar o que merece ser preservado e cultivado. A busca da beleza possível. Afluição dos domésticos prazeres: lugares, memórias, histórias. E a celebração do humor       sobre os outros, sobre nós, sobretudo sobre nós       como uma forma suprema de 'salvação.'4

Desta forma, os bárbaros aproveitaram nossa ingenuidade e descuido e invadiram na calada da noite, usurparam nossa formosa e linda nação. No presente momento, encontramo-nos como os judeus do Gueto de Varsóvia5: somos humilhados, vilipendiados e vigiados constantemente pelos algozes vermelhos. Não podemos exercer e bradar nossa real tradição, fé e crença. Nossa pátria foi ultrajada e largada. Mas, “longe vá... temor servil”6. Não podemos nos calar e consentir com o atual estado da nação e da sociedade, devemos combater. “Nós não somos donos da verdade. Nós temos o direito de lutar, o dever de lutar pela verdade”7.

Todavia, os desafios são árduos e perniciosos, as provações físicas, mentais e morais são ad infinitum. “O homem sábio é livre, mesmo que seja um escravo, se souber restabelecer e reter sua liberdade eterna. Se ele for seu próprio senhor, então não terá um senhor. Nenhum humano pode intimida-ló”8. Assim, só os íntegros, honestos e estudiosos, resistirão às adversidades de nosso tempo e se libertarão dessa masmorra rumando ao alvorecer. Resistir como impávidos colossos. 

Mas, se ousar em seguir outro caminho que não este, sofrerás duras consequências físicas, mentais e espirituais. “Não podemos pensar em fazer uma grande nação sem uma base religiosa 'sólida'9.  Só com uma duradora base, que seja íntegra e pura no Catolicismo, poderemos resistir e combater as heresias e modernismo que invadem e ameaçam nosso país. 

Extirpar, evidenciar e lutar contra os traidores que habitam e rondam a Santa Igreja são as nossa missões. Sem isso, será impossível salvar o nosso querido Brasil. Pois nosso país só se tornou vulnerável ao socialismo/comunismo e a suas modernidades, quando ocorreu a corrupção do clero e o esvaziamento das igrejas, fiéis soltos, sem orientação e atenção, o que acabou por resultar na maciça perda de Fé e na lenta e graduação implosão da ordem nacional. É de suma importância lembrar e ressaltar uma grande lição de Nosso Senhor Jesus Cristo, em que dizia: “Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a “morte.10” 

A crescente e contínua devastação do país fomentou a incredulidade dos brasileiros. Hoje quem prega uma retomada à fé católica e uma retomada ou conquista da sanidade, é considerado um radical ou louco. “A mensagem de Cristo é impossível, mas não louca. É antes a sanidade pregada num planeta de lunáticos.11” 

Os abusos e as dilapidações que a esquerda e a modernidade praticaram no nosso Brasil ultrapassaram o tolerável. Somos ainda uma nação órfã de uma legitima e séria representação política. “E como não há nenhuma 'direita' conservadora atuante no país, me parece claro que ainda somos um povo sem voz, e, um povo sem voz, especialmente um povo sem representação, está fadado ao arbítrio dos ditadores e aventureiros imbuídos de ressentimentos e vontades de poder”12.

A marcha rumo à plena libertação dos grilhões revolucionários é longa e difícil. A guerra cultural e o resgate da alta cultura só estão no seu alvorecer. O que está surgindo nesse momento são pequenas "mudas", que, em algumas décadas, seguramente serão imponentes e sólidas árvores, as quais arborizarão nessa terra devastada. Pois agora, "Memória e desejo, aviva13" essa nação. 

O lento alvorecer nacional será marcado pela retomada da sanidade mental das classes sociais e a retomada da Igreja pelos homens bons e de boa-vontade, assim como diz o evangelho. Quando todos entenderem que “ser conservador é não ter nenhuma proposta de sociedade, é aceitar que a própria sociedade presente vá encontrando pouco a pouco a solução para cada um de seus males, sem jamais perder de vista o fato de que, para cada novo mal que seja vencido, novos males aparecerão. Ser conservador é não ser jamais o portador de um futuro radiante, é ser o porta-voz da prudência e da sabedoria”14.

A libertação dessa masmorra é muito mais que um simples dever de todo homem sério e íntegro. É antes de tudo, a busca pela salvação do seu país, é resgatar o Brasil dos ratos e vermes que desfilam e se aplumam pelos quatro cantos do país. Esses e vários outros motivos, sólidos e testados, que brando vivamente e efusivamente pelos quatro cantos de minha nação:  

Ou ficar a Pátria livre,  
Ou morrer pelo Brasil!15


Bibliografia:

1. Va Pensiero, de Giuseppe Fortunino Francesco Verdi.
2. O Código dos Códigos, de Northrop Frye.
3. O Elogio do Conservadorismo, de João Camilo de Oliveira Torres. 
4. Vamos ao que Interessa, de João Pereira Coutinho.
5. O Pianista, de Roman Polanski.
6. Hino do Império Brasileiro.  
7. Alceu Amoroso Lima.
8. A Tradição Ocidental, de Eugen Joseph Weber.
9. O Elogio do Conservadorismo, de João Camilo de Oliveira Torres.
10. João 14.
11. Twelve Types, de G. K. Chesterton.
12. Prof. Daniel Fernandes.
13.Trecho de Os Homens Ocos, de T. S. Eliot. 
14. Olavo de Carvalho, entrevista a Bruno Garschagen.
15. Hino do Império Brasileiro.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Resistiremos Até o Fim

Resistiremos Até o Fim

Nas infindáveis tormentas das inquietantes noites que permeiam minha modesta e recatada vida, residem sérias malezas.  Assim, com minha mente tempestuosa, começo a me lembrar das infindáveis ruas desertas e bucólicas de minha cidade, que são tomadas por diversos transeuntes que vagueiam como cegos “zumbificados”, num puro reino do desconhecimento humano e de desgraça interior. "Nós somos os homens ocos"1 que vagam desvairados e calados pela cidade insana e melancólica. Desta forma, observo sereno, calado e amedrontado, os inúmeros erros que habitam as ruas, avenidas, vielas, etc., de minha cidade. 

Das inumeráveis mazelas que residem e agridem minha cidade, malezas estas que me atormentam e atentam profundamente contra mim, que chegam a rasgar meus olhos e minha mente como um louco desvairado, numa busca sanha por me matar, executam de modo desfigurado a perda da beleza, a perda da noção de estética arquitetônica, a perda da boa e velha simetria. Há infindáveis fachadas e mais fachadas que esboçam uma “força” para perfilar, mas não o possuem, ou nunca possuirão ânimo nem força para tal ato. Tentam, assim, de todas as formas se manterem de pé, mas sabem que estão em puro declínio. Assim, nas suas irregularidades horripilantes, negras fachadas, tortas e mal planejadas residências que há em minha cidade, elas atormentam e gritam desvairadas contra as pobres almas que vagueiam nas calçadas. As retas incertas e suas irregularidades possuem um “poder místico”, ao ponto de me deixarem ficar mui constrangido por observar o brutal e avassalador erro. O belo e o sublime definitivamente já estão inexistentes em minha cidade.

Há, assim, em minha cidade, uma “riqueza” vasta de almas atormentadas e zumbificadas pelo sistema que impera, e para muitas delas, esse sistema passa despercebido, algo quase que inexiste a elas nesse canto do mundo. Mas, essa legião de desavisados é obrigada a conviver amontoada, numa imposição severa e brutal, em outras palavras, essa legião é uma espécie de cortiço modernista democrático. "Ah, meu amigo! A infelicidade é uma doença contagiosa…."2. Essa ignóbil e infame vida dos desconhecidos e incautos cidadãos brasileiros dá uma tremenda repulsa nos acordados, nos incomodados, nos despertados, os quais olham atentos e tristes, esse indecoroso sistema forjado por Sauron3.

Alastra-se, por causa disso, em minha mente, como água derramada sobre a mesa, essas ideias e sensações horríveis e tenebrosas, ideias que me atormentam incansavelmente, sempre me atacam quando eu resolvo adentrar nas ruas negras. Ao simples pisar no chão, já sinto uma profunda dor em meu corpo, já sou tomado por um mal-estar e tontura incontroláveis. Todavia, foi por causa dessas batidas costumeiras da vida, que me despertei para o real mundo. E nesse despertar, deram-me uma espada que, desde o primeiro dia, uso contra o mal que ronda e espreita a mim e a meu país. Muitas dessas asquerosas e vis criaturas malignas, que controlam as engrenagens carcomidas dessa máquina colossal e animal, jamais foram indagadas com a seguinte frase: “Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil4? ”

Se houvesse um modo de lhes indagar isso, todos, sem expressão, imediatamente fugiriam dessa indagação franca. Rumariam às catacumbas, ou atacariam seus indagadores. Pois a verdade, além de incomodar, reabre os ferimentos nessas criaturas. Os lacaios do regime maquiavélico tratam logo de empinar seus mastodônticos narizes, desfilando suas corcundas e seus corpos calejados e cansados pelos suntuosos corredores do Estamento Burocrático. Muitos desses vermes creem piamente que os pobres e inválidos devem viver e conviverem sempre juntos. Amontoados, jogados e esquecidos. Tais lacaios ditadores legam ao povo restos das migalhas e, para satisfazerem suas sedes, dão ao povo o chorume que escorre de suas fossas bocais. O mal e o horrível os distribuam sem moderação e atenção aos desgraçados. Já aos honrosos e amiguinhos do sistema, distribua a lei e a ostentação. 

Mas, em meio a esse dificultoso transpassar da longa tormenta mental e espiritual, misteriosamente tudo cessa de súbito. A neblina que antes envolvia as ruas e minha mente dissipa-se misteriosamente. As sensações horríveis desaparecem do meu corpo. Então, eis que surge uma radiante e simples Igreja Católica. Não perco muito o meu tempo, adentro a Igreja, caminho pela nave central, e trato logo de ir me sentando. Sento em um de seus longos bancos, que fica bem perto do altar. E outro mistério surge em mim:  O choro. Desabo-me em profundas e incessantes lágrimas e mais lágrimas, junto com o tremor de ser culpado, de ser omisso, de ficar, às vezes, calado, quando deveria falar, falar e muito. Logo me dou o seguinte veredito: culpado. Compactuei indiretamente com o atual estado, vi e convivi com o atual estado, e acabei consentindo. O peso de consentir e de me calar vem num só golpe. Tento rapidamente enxugar minhas lágrimas, e nessa rápida e triste ação, levanto, aos poucos, minha cabeça, a fim de mirrar a Santa Imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo.

E começo a pensar comigo mesmo... quando o Santo Deus resolve sutilmente tocar as pessoas, um toque bem suave e muito certeiro, na quase totalidade das vezes, ele procura sempre tocá-las através de suas belas e sublimes obras. Sejam eles literárias, monumentos, milagres, ou mesmo pelas adversidades do cotidiano que há por aí e a beleza natural. Mas, quando você é tocado pelo Santo Deus através das adversidades do dia a dia, você é intimado a lutar, um chamado que te obriga a lutar pela restauração da normalidade. “O cristão, todavia, mesmo aquele que formalmente perdeu a Fé e vive fora da Igreja, não poderá ver impunemente o triunfo do mal. Reagirá, sempre, de um modo qualquer5“.

Desta forma, muito bem-feita e articulada por Deus, uma dessas obras toca-me profundamente, um toque inesquecível e revigorante para minha pobre alma. Esse toque foi relembrar a grandiosa obra: "O Senhor dos Anéis"6, a monumental obra, baseada na Bíblia, escrita por nada mais nada menos que J. R. R. Tolkien. Se eu fosse tentar resumir a história da humanidade através dessas obras, certamente iria utilizar a esplendorosa passagem da épica batalha de Gandalf Vs Balrog. 

Essa passagem se desenrolou da seguinte forma: Durante a travessia das Minas de Moria7, onde o império da penumbra maligna alastrou-se e dominou, a sociedade do anel resolve adentrar nas minas e passar, cortando o caminho. Mas, infelizmente, não saiu tão bem como o planejado. Em Moria, travou-se uma das batalhas mais mortíferas e ferozes da Terra-média.  Um embate onde estava em jogo mais do que a autopreservação, mas sim a preservação dos seus semelhantes, a preservação de um mundo e de suas tradições. Assim, numa aventura homérica, o Grande Gandalf luta com todas as suas forças com um opoente descomunal, imensamente forte e poderoso. Mas o Cinzento não recua, não esmorece diante do seu algoz. Temer o mal, jamais! Luta até o fim de suas energias. E são dois os grandes ensinamentos que o Mago ensina aos atentos leitores: a) os verdadeiros guerreiros preferem tombar no campo de batalha do que ver sua terra devastada e arruinada pelo mal. b) Gandalf, no início da luta, profere uma das frases mais emblemáticas do épico: "You Shall Not Pass!". Parafraseando, essa frase quer dizer o seguinte: Jamais alguém, em sã consciência, deixará o inimigo adentrar os portões do império. Não permitirá mal algum, em sua terra natal.

Já na tradição da civilização judaico-cristã, há uma frase de suma importância do Nosso Senhor Jesus Cristo, que é a seguinte: "O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?8" Podemos, ao longo da vida, ou na maioria do tempo, (mas não todo o tempo de nossa existência) vagar no "vale das sombras". O cristão, em hipótese alguma, deve temer mal algum, seja ele a face que assumir: islâmicos, socialistas/comunistas, heresias, modernismos, Nova-Era, etc., etc. (Poderíamos seguir essa lista infindavelmente, pois o mal prolifera e se multiplica sobre a face da terra, assumindo as mais variadas formas e configurações ideológicas, políticas, religiosas, secularistas, filosóficas, etc.). Mas, diante de tudo isso, o nosso dever é: Temer nunca, lutar sempre! “O cristão sabe que a história será sempre um tecido de males e bens, de luz e de sombras, e que no dia do Juízo é que o joio será separado do trigo. Até lá, ambos crescerão juntos9”.

Desgastante será insano e maligno, vai ser esse vagar rumo ao céu, rumo à libertação individual. Mas, só os verdadeiros combatentes, aqueles que possuem Fé, que são tementes ao Santo Deus e a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, aqueles que lutam todo santo dia, terão essa retribuição por todo esse tempo de combate. Ademais, vale ressaltar também o que o sapientíssimo Chesterton afirma: “quando os homens não acreditam em Deus, eles não passam a acreditar em nada; eles acreditam simplesmente em qualquer coisa10".

Jamais devemos esquecer nossas origens, nossas verdadeiras bases morais, intelectuais e espirituais. As reais tradições estão aí, basta procurá-las e se investir delas.  E nunca se rebelar contra a Santa Igreja, pois só ela construiu essa magnífica civilização chamada de Civilização Ocidental.  

E, antes que eu me esqueça, segue a definição do que nos une e nos convoca à luta como irmãos:  “O conservadorismo é a filosofia do vínculo afetivo. Estamos sentimentalmente ligados às coisas que amamos e que desejamos proteger contra a decadência. Sabemos, contudo, que tais coisas não podem durar para sempre. Enquanto isso devemos estudar os modos pelos quais podemos conservá-las durante todas as mudanças pelas quais devem inevitavelmente passar, de modo que nossas vidas continuem sendo vividas em um espírito de boa vontade e de gratidão11”.


Bibliografia:

1. Trecho de Os Homens Ocos, de T.S. Eliot.
2. Gente Pobre, de Fiodor Dostoievski.
3. Sauron é o o principal inimigo do Mundo, tal como foi seu antecessor. Sendo o principal promotor da desgraça na Terra-média.
4. Trecho de Poema em Linha Reta, de Fernando Pessoa.
5. O Elogio do Conservadorismo, de João Camilo de Oliveira Torres.
6. O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien.
7. O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel, de  J. R. R. Tolkien.  
8. Salmos 23:4.
9. O Elogio do Conservadorismo, de João Camilo de Oliveira Torres.
10. O Elogio do Conservadorismo, de João Camilo de Oliveira Torres.
11.  Como Ser um Conservador, de Sir Roger Scruton.









sexta-feira, 23 de setembro de 2016

O Maligno Império das Palavras Polidas

O Maligno Império das Palavras Polidas

Quando o politicamente correto adentrou e impregnou a cultura da Civilização Ocidental, tratou logo de virar uma camisa de força e uma ditadura      principalmente no nosso querido Brasil      , e inclusive a literatura não deixou de ser afetada: sofreu gravíssimos abalos estruturais, mentais e até espirituais. A crescente onda de palavras polidas, “certas” e fofinhas, virou, além de uma bufa moda, uma repetição ad nauseam. Consequentemente, agigantou-se uma destrambelhada prisão mental e espiritual nos debates. 

A cerceação mental imperou em todos os cantos, ao ponto de você ter de maneirar as palavras e o tom com quem fala. A polícia da fala surgiu, e logo tratou de pôr os grilhões nas mentes e bocas dos indivíduos discordantes, numa forma torpe e sem noção de cercear a liberdade dos indivíduos, tornando-se, assim, mais do que um dever, mas uma obrigação dos zeros à esquerda. Eis qual o ideal deles: “-Custe o que custar, sua liberdade cessará!”. O reino da palhaçada virou um reino de terror e insanidade, com perseguições brutais e banais, repressão de falas e de ideias, e, absurdamente, até censura física tornou-se uma rotina no mundo Ocidental.

Infelizmente, esse gigantesco e nefasto mal na nossa sociedade vêm cada vez mais ganhando espaço e aceitação pela esquerda e pela grande mídia, os quais o promovem com empenho. O politicamente correto, delimitando e conduzindo as falas dos indivíduos contrários “para não ofenderem ninguém” objetiva o propósito de todos ficarem sorridentes e contentes no final desse espetáculo nojento e deprimente. Para esse “final feliz”, acaba colocando a real expressão intelectual e argumentativa do debate sério no escanteio. Franqueza e honestidade, esqueça!, pois essa corrente está apequenando mais e mais os debates e a circulação da alta literatura no país. “Mas uma sociedade que não tolera palavras fortes será uma comunidade de cidadãos fracos: de gente que acabará sempre por impor aos outros uma mordaça mental em nome de sensibilidade particulares        políticas, religiosas, morais”.1

Assim, podemos ver que, ano após ano, o número de jovens e de adultos sensíveis, ou melhor, supersensíveis,  às palavras sérias, duras e verdadeiras vêm aumentando brutalmente. Tanto é, que todos eles creem piamente na seguinte frase: “palavras machucam”. Inclusive suicidam-se, deixando cartas ou depoimentos cheios de convicção, por causa das palavras que machucam. A meu ver, é um hino dos mau-caráter, dos histéricos, dos calhordas. Desta forma, só faz-se crescer e ganhar corpo na sociedade os dodóis, os “oprimidinhos pelo sistema ocidental patriarcalista, cristão, branco, europeu, etc.  e, acima de tudo, o sistema capitalista”. Enfim, isso germina numa verdadeira horda de bestializados e de abobalhados. Como já dizia o George Orwell: Ignorância é Força2. Essas legiões de bárbaros ocos, além de destruírem seus reais sentimentos e a própria moral, tornam seus cérebros prisioneiros desse esquema de poder nefasto, que hoje em dia é a expressão pura da hegemonia cultural. Essa corja lês busca  controlar os espaços públicos e privados, para desse modo ter o poder e impor seus ditames histéricos. Tal como o nazi-fascismo e o socialismo/comunismo soviético faziam no século XX. 

Muitos indivíduos acabam compactuando com esse esquema de poder cultural psicopata por pura imposição e por cair na maligna espiral do silêncio. Uma maldição monstruosa, que forma novos cidadãos da nova ordem mundial em questão de minutos3. E muitos deles infelizmente acabam nunca percebendo isso. Quando há um despertar mental e sentimental, já é tarde demais. Enfim, uma verdadeira lástima...

Quando essas hordas de bárbaros resolvem instigar um embate com alguém sério e que não se permite e não tolera entrar nesse campo do pseudodiscurso politicamente correto, e derruba todo o castelinho de cartas marcada deles, eles ficam ressentidos. Assim, na pura insanidade mental do coletivo, eles bradam os seus chavões de perdedor, que são os clássicos: fascista, homofóbico, opressor, etc. “Do século XIX para cá o ressentimento piorou muito. Ele está em toda parte. Você não pode falar nada que todo mundo se ofende; se você fizer uma crítica, todo mundo toma como pessoal”.4

Aqueles indivíduos sérios e dignos, que travam um honesto embate com os ditadores da fala, são os verdadeiros guerreiros de nosso tempo. São soldados que lutam constantemente em campos de batalha silenciosos, onde ninguém sabe onde há essas guerras e muito menos seus nomes. Estão por aí, lutando dia após dia na busca por um mundo menos chato e menos afrescalhado, em busca de um país menos vermelho."Se você não está preparado para usar a força em defesa da civilização, esteja preparado para aceitar a barbárie".5 

Bibliografia:

1. Vamos ao que Interessa, de João Pereira Coutinho.
2. 1984, de George Orwell.
3. Introdução à Nova Ordem Mundial, de Alexandre Costa.
4. A Era do Ressentimento, de Luiz Felipe Pondé. 
5. Thomas Sowell

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

O Real Golpe

O Real Golpe 

Há momentos na história brasileira que são tão rápidos e decisivos, que quase ninguém nota ou percebe-os com olhos apurados e críticos. Um desses momentos históricos foi o dia 31 de agosto de 2016. Dia esse, que ficou marcado como o último dia da presidanta Dilma Vana Rousseff no poder do nosso querido Brasil1. Querido para nós, trabalhadores e pagadores de altos impostos. Já para a Ex-presidente, nunca foi querido, pois se o fosse, não teria saqueado a nação. Não teria mentido para os brasileiros, nem prometido mundo e fundos. Teria estudado economia, e não inventado que era doutora em economia pela Unicamp. Teria sido honesta com a nação brasileira, mas não foi.

Contudo, houve um momento de sensatez da Ex-presidente no dia 31 de agosto. Passou rápido, batido, quase ninguém o percebeu. Mas foi proferido com canseira. Um cansaço já virando esgotamento mental e físico da “De Uma”. Quem conhece bem as pérolas da “De Uma”, sabe muito bem que frases certas e coerentes da “Ex-Dilma”, são raras, muito raras mesmo2! É uma coisa tão inédita, que é mais fácil você achar uma nota de R$100,00 no chão do ônibus, do que ver a "De Uma" falar bem. 

Assim, saiu a tal da frase modesta e simples dela, que foi dita da seguinte forma: "Quando a gente não tem razão, a gente diz que o que o outro está dizendo é mentira". Uau! E não é que a marmota fala coisa com coisa mesmo!?

Mas, queridas e queridos leitores, como já dizia a "De Uma", não fiquem tão felizes assim, ou tão tristes com tal frase da "De Uma". Essa frase foi uma tremenda ironia. Uma absurda ironia, que representou muito bem os 13 anos de desgoverno do PT3. E representou muito bem as eleições de 20144. Representou tanto, que vale relembrar!

Vamos lá então, relembrar um pouco os últimos e importantes fatos:

Desde o início das campanhas eleitorais de 2014, Dilma Rousseff não só mentiu descaradamente a respeito da real e grave situação econômica do país. Mas pior que isso, ela também manipulou todas as contas para fazer parecer que a crise era menos grave, ou, em outras palavras, para parecer que era uma “marolinha”, ou um reflexo “da crise exterior”, chavão clássico que usou para camuflar a causa da crise no país . A realidade econômica do Brasil foi jogada para escanteio. Mentiu, sonegou e calou, a ponto, aliás, de cometer delitos graves bem como sérios crimes de responsabilidade fiscal. Assim, ela deixava bem claro que não tinha nenhuma condição de entregar o "seu" plano econômico que prometia e defendia como o Diabo.

Como o roubo, a sonegação e a mentira são o modus operandi da esquerda, o projeto econômico petista da "De Uma" não foi, evidentemente, o que ela prometeu, marcando, assim, o mês de janeiro de 2015 como o início do fim. Ou seja, a partir do ano de 2015 até 2016 a política econômica adotada pelo PT foi a implementação, daquele plano econômico prometido por Aécio Neves. 
Até aí, parecia que tudo estava às mil maravilhas: Era o PT na terra e o Diabo no Palácio da Alvorada. Muito lindo e muito fofo, porém a composição estava diferente. Não era como antes. Foi o real início do fim. A "De Uma", tentou colocar em ação a política derrotada nas urnas. Não conseguiu de forma alguma, pois foi totalmente impedida pela guerra que declarou com o Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. 

Vale lembrar uma coisa de suma importância, e que infelizmente já foi esquecida por muitos:  Com o fim das apurações do pleito de 2014,  Dilma obteve 54.501.118 milhões de votos, correspondendo assim a 51,64% do leitorado nacional. Já o Aécio Neves recebeu 51.041.155 milhões de votos, correspondendo assim a 48,36%. Podemos concluir com isso que a diferença foi mínima, uma diferença de 3.459.963 milhões de votos. Assim sendo, se fosse uma ditadura (Um Golpe!, como costumam repetir ad infinitum), dane-se tudo e todos. Numa democracia ocidental é preciso compreender o que as urnas dizem com nítida clareza: o país escolheu um lado, mas a nação dividiu-se em dois blocos.

E é claro, não posso esquecer-me dos votos derrotados e dos que, supostamente, não foram contabilizados pelas urnas.

Quando a aliança foi formalizada com o PMDB, o PT não só garantiu a eleição. Mas isso também possibilitou ao PT a tomada do PMDB via ideologia e disseminação ideológica pelo país afora. Infelizmente (ou melhor, felizmente) o plano não deu muito certo. 

Quem fez questão de lacrar o 13 no dia 5 de outubro e 26 de outubro, teve que encarar o rosto de "Mamãe De Uma" na urna eletrônica. Mas, muito antes de apertar o botãozinho verde do [CONFIRMA], pode ter escolhido acreditar que a imagem daquele senhorzinho chamado de Michel Temer, ali ao lado, não queria dizer absolutamente nada. Ledo engano. Isso dizia muito para os próximos anos, e não só garantiu a vitória do PT e da esquerda, como também definiu os próximos anos de todos nós, brasileiros.

O PT e a esquerda nacional fizeram uma grande escolha para garantir a sua eleição. Conseguiram. Mas, sua "sabia" escolha não só comprometeu todo o programa criminoso petista de poder, como cumpriu com o seu objetivo. 

A melhor notícia a nação é que 1964 é o passado. Não estamos voltando para essa data, muito menos estamos copiando essa data.

A péssima notícia é que o Brasil não está resolvido, ou muito menos livre do julgo petista. Ou seja, não nos livramos da hegemonia cultural esquerdista, e muito menos do maldito Foro de São Paulo. Esse monstro ainda manda e desmanda no Brasil e nos brasileiros5. E, muito cuidado! A esquerda já está se reorganizando para uma nova estratégia de combate. O revisionismo histórico já está aparecendo e não pretende ser modesto ou simples dessa vez. Temos que combater a mentira todo santo dia!, e não podemos esquecer: o Ciro está por vir.

A grande ironia é que o Golpe Petista, de certa forma, foi dada sobre eles mesmos. O feitiço voltou-se contra o feiticeiro. 

Bibliografia:

1. Não é a Mamãe: Para Entender a Era Dilma.    
2. Dilmês: O Idioma da Mulher Sapiens.
3.A Década Perdida: Dez Anos de PT no Poder.
4. Um País Partido - 2014 a Eleição Mais Suja da História.
5. A Hidra Vermelha.