sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Recomeçar

Recomeçar

Novamente nos encontramos no limiar de um novo (re)começo de vida. Um tempo onde podemos analisar, refletir e planejar novas e melhores atitudes e ações a serem tomadas. É uma oportunidade de ouro para cada filho de Deus, na qual ganhamos uma nova chance de mostrarmos ao nosso Pai que podemos ser melhores e almejarmos mais. Dessa forma, temos em nossas mãos a possibilidade única de sermos mais felizes, mais humanos, mais cristãos e mais participativos na construção de um mundo mais católico.

A nova era só começará realmente quando nós definirmos algumas coisas importantes em nossas vidas. Primeiro: termos determinação em transformar momentos difíceis em grandes desafios. Segundo: termos coragem para ultrapassar todos os obstáculos que serão impostos  no  decorrer do ano. E, finalmente: durante esse tempo, devemos procurar ser sempre mais solidários com cada um que esteja ao nosso redor, pois só assim faremos um maior prolongamento e avivamento do espirito cristão.

Como bem disse G. K. Chesterton: “O objetivo de um ano novo não é que nós deveríamos ter um ano novo. É que nós deveríamos ter uma alma nova.” Que o potencial humano e cristão possa revelar-se em cada um de nós durante o próximo ano, e assim nos guiar ao verdadeiro espírito do Cristianismo.

Durante essa nova jornada que breve se inicia, desejo a todos os meus amigos leitores que possam enxergar a luz divina em meio às trevas, porque muitos são chamados, mas poucos os escolhidos (Mateus 22:14). Ver a luz divina é também compreender o nobre e singelo nascimento do Salvador prometido por Deus. E este conhecimento (esta luz) tem o peso do destino eterno para todos nós – independente de crer ou não nisto -. 

Que nós, homens de bem e de boa vontade, armados com os valores cristãos, possamos trazer esperança a essa nação que tanto tem sofrido nos últimos anos, e possamos ser como um rio, esse mesmo de que fala o poeta Thiago de Mello:

“Ser capaz, como um rio que leva sozinho a canoa que se cansa, 
de servir de caminho para a esperança.”


Meus singelos votos a você leitor, é que possas ser alcançado por esta Luz.



sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

O Esvaziamento do Homem

O Esvaziamento do Homem

Numa sociedade tão ridiculamente organizada como a nossa, buscar a normalidade e a sanidade é uma luta diária. É matar um leão por dia e rezar para não vir mais. Assim, cada indivíduo que se vê rodeado por bestas-feras, sente temor, angústia e preocupação constantemente. Surge em cada brasileiro uma inquietação por ver uma sociedade moribunda e terminal, e em relação à qual ninguém tenta reverter o quadro, muito menos busca uma solução nem um tratamento. 

É como ficar plantado feito uma estátua numa longa calçada, sofrendo a cada minuto um novo esbarrão de um transeunte diferente. Onde ninguém esboça uma frase de desculpa, nem de questionamento a fim de  saber o motivo de estar-se parado na calçada sendo esbarrado todo minuto. É ver o caos e seguir em sua direção não esboçando nenhum sentimento. 

O mais curioso disso tudo é que, ao lermos o passado, podemos perceber que esses sintomas eram quase os mesmos, só que de uma forma mais atenuada e concentrada. Hoje, esses males se espalharam feito chuva, molhando tudo pelo seu caminho. "A desordem de nosso tempo consiste em tender para o amálgama, para o informe, para a massa, para a sociedade sem classe, para um mundo sem limites, para uma vida sem regras, para uma humanidade sem discriminações.1" Nesse sentido nosso saudoso poeta que nos deixou recentemente, Ferreira Gullar, num artigo na Folha sobre crítica de arte, detona esse conceito de “arte moderna”, que é feita a partir do feio e do disforme, algo que invés que atrair a contemplação do belo, produz o efeito contrário.

Não só se tende ao errado e ao grotesco, mas se está tombado e debilitado na sarjeta. O que antes aparentava uma ordem, uma sapiência e uma beleza ímpar, hoje aparenta uma deformidade assustadora e até apavorante. Sendo distribuído para todas as classes, aliás, quem começou com essas insanidades, essas atitudes sem limites, essa vida vadia e vil, foi a elite. Que não pode ver um quadro horrível, que já quer comprar e elevar o valor da criatura. 

Sábio o que naquele tempo era insano, que seguia e narrava o seu tempo sem temor de ser repreendido por ninguém, que circulava solto, tipo um lençol no varal, no qual cada golpe de ar desviava com formosura e leveza. Algo sublime. 

Houve em nossa história sérios, honrados e humildes brasileiros, os quais nos avisaram de um futuro tenebroso e incerto. A lista começa em Alceu Amoroso, passa pelo João Camilo, depois vai por Corção, volta em Machado e logo em seguida vai em Carvalho. Assim, foram horas, páginas e livros de pura e elevada reflexão, mas que tristemente foram deixados no fundo da estante.

Ao negar o glorioso e salutar estudo dos gigantes, o homem virou um ser chamado: Homem-massa, o homem despersonificado que foi bem explicado pelo filósofo José Ortega y Gasset, que bem disse: "É o homem previamente esvaziado de sua própria história, sem entranhas de passado e, por isso mesmo, dócil a todas as disciplinas chamadas “internacionais” (...) só tem apetites, pensa que só tem direitos e não acha que tem obrigações: é um homem sem obrigações de nobreza.2"

É uma obra prima forjada pelo mal terreno. Ao perder todo o respeito pelo passado histórico, o homem-massa, vulnerável e moldável por qualquer tentativa de outrem, aceita novas cordas e novos valores sem imposição. Nietzsche fala em transvaloração de todos os valores, o que de certa forma aconteceu na modernidade, que deixou seu valores mais gloriosos se apagarem no passado. É só chegar com um pirulito que o infeliz já pega e sai sorridente com o novo doce nas mãos. "O mundo moderno, enfraquecido na fé, nos oferece um assustador espetáculo de homens esquecidos de si mesmos, extraviados daquela persistência da alma. A prova disto está na facilidade com que aceitam as mudanças que lhes impuseram.3"

Todavia, há uma luz divina nesta floresta negra aos filhos de Deus, àqueles que em tempos sombrios e escassos, mantêm-se unidos e crentes ao Verbo. Seguir e buscar assim como buscou e seguiu Viktor Emil Frankl4, que durante um bom tempo não tinha quase nada e mesmo assim dividia com seus companheiros o que tinha, sendo um verdadeiro cristão e fazendo todo santo dia um milagre no inferno. Seja e tente todo dia ser um bom filho de Deus.  Amém.

Bibliografia:

1. Uma Teologia da História, de Gustavo Corção. 
2. A Rebelião das Massas, de José Ortega y Gasset.
3. Uma Teologia da História, de Gustavo Corção. 
4. Em Busca de Sentido, Viktor Emil Frankl

sábado, 3 de dezembro de 2016

Depois de Cinco Décadas Reluz a Liberdade

Depois de Cinco Décadas Reluz a Liberdade 

Finalmente uma luz no final do túnel aparece na ilha caribenha. Uma pequena luz, mas capaz de iluminar almas e mentes de um povo massacrado por um ditador assassino e brutal chamado Fidel Castro. Criatura maligna esta, que levou uma próspera nação a uma ruína. Um país próspero e muito desenvolvido, com uma população muito séria e culta, ao abismo do desenvolvimento mundial. Um caos espalhado e dividido "igualmente" para cada cubano. 

Fidel Castro um ser desprezível que passou toda uma vida no puro engodo ideológico da esquerda. Um monumento decrépito forjado pelos dois regimes (socialismo/comunismo) mais nefastos já idealizados pelo homem, regimes estes, em nome dos quais Fidel deixou uma marca de sangue de mais de 100 mil mortos na ilha caribenha. Um ser bêbado na loucura, insanidade e perversão demoníaca. Tão baixo moralmente que virou um cego tiranete latino-americano. Um mendigo espiritual miserável, digno só de pena.

Centenas de milhares de cubanos, além de serem perseguidos pelo regime brutal do açougueiro de Cuba, fez com que várias pessoas se arriscassem a atravessar o mar rumo a terra da liberdade. Qualquer desafio é valido e melhor do que viver na ilha prisão do maníaco vermelho, que perseguia e quando pegava alguns cubanos fugindo, mandava para o paredão. Pobre povo cubano.

A maior tristeza humana é saber que pelo mundo afora há ainda regimes por intermédio dos quais a liberdade é cerceada por sistemas brutais e ditadores psicopatas. Como bem disse Dom Quixote ao seu fiel amigo Sancho: “A liberdade, Sancho, é um dos mais preciosos dons que os homens receberam dos céus. Com ela não podem igualar-se os tesouros que a terra encerra nem que o mar cobre; pela liberdade, assim como pela honra, se pode e deve aventurar a vida, e, pelo contrário, o cativeiro é o maior mal que pôde vir aos homens.”

A liberdade não é um luxo de bons tempos, nem um privilégio de uns ou de uma pequena classe social, mas um direito de todo ser. Um direito que deve ser vigiado, defendido e zelado por todos que o possuem. Jamais devemos abrir nossa liberdade por tiranetes como Fidel ou regimes libertadores. Devemos sempre lutar pela liberdade de expressão e de ir e vir. Liberdade acima de tudo!