segunda-feira, 11 de setembro de 2017

A Política Gnóstica

As nações atuais estão desmanchando-se pelas suas péssimas plantações de outrora; hoje, esse "florescimento" gerou frutos podres e malcheiroso à sociedade. Digladiam-se ferozmente por manter suas posições e seus status, mas, nessas incursões infrutíferas, acabam desgastando-se em ações que não trazem nenhum benefício, agem como criaturas brutas, que pensam em manter-se bem, já a mente situa-se em trevas. Corrompe-se no mais profundo caos mental, aceitando qualquer proposta de avanço e triunfo para ser uma nação imperial, mas acabam ganhando só desgraças e feridas em suas terras.


A modernização alastrou-se mundo afora, tentou-se modernizar o mundo e as sociedades; o resultado desse vil plano acabou virando um caos dentro das sociedades ocidentais, como bem disse Eric Voegelin: "Pois não se deve esquecer jamais que a sociedade ocidental não é inteiramente moderna, e sim que a modernidade é um tumor dentro dela, em oposição à tradição clássica e cristã. Se só existisse o gnosticismo na sociedade ocidental, o movimento em direção à esquerda seria irresistível por pertencer à lógica da imanentização, já se tendo consumido há muito tempo. No entanto, o fato é que as grandes revoluções ocidentais do passado, após sua lógica guinada para a esquerda, retornaram a uma ordem pública que refletia o equilíbrio das forças sociais no momento, juntamente com seus interesses econômicos e tradições civilizacionais."

A modernidade reside no mundo ocidental como câncer, gangrenando a carne lentamente, e assim virando numa podridão horrenda, cortando pedaços por pedaços da sociedade, sedimentando-a pouco a pouco, viabilizando as veredas para o avanço do gnosticismo selvagem, que, com seu exército de idiotas úteis da esquerda e da religião islâmica totalitarista, desmonta e atormentam a paz e tranquilidade da ordem tradicional Cristã. Das altas esferas, sorrisos são avistados pelos sábios, onde notam que a classe dos metacapitalistas ganha mais e mais poder, nas falsas propagandas e nas ocultações de que tudo vai bem e muito obrigado, eles ganham mais e mais poder e dinheiro e com isso vão centralizando cada vez mais o poder em grupos restritos, onde emitem suas ordens aos lacaios do baixo clero.

Dessa forma, surge nos mapas mundiais os movimentos revolucionários, onde seu modus operandi é tocar o terror a torto e direito, e assim trazer mais "ordem", uma ordem que só alguns terão total dominação sobre ela. Perde-se nessa brincadeira demoníaca, a liberdade individual e ganha-se assim correntes individuais, mantendo a mente e o ser em um cativeiro. Desse modo, caminha-se o mundo e a sociedade rumo ao buraco, uma marcha rumo a uma organização político-social vil e negra, (des) organização onde será o puro caos. Talvez, uma era mais nefasta que o século XX já viu, onde a marcha rumo à morte só estava aquecendo-se. 

O Brasil não está imune nem distante desse inferno que arde o mundo, aliás, o Brasil é o principal palco dessas experiências sociais que atormenta o mundo e já faz muitas e muitas décadas que o Brasil é laboratório para esses testes. Como bem disse Raymundo Faoro: "As duas partes, a sociedade e o estamento, desconhecidas e opostas, convivendo no mesmo país, navegam para portos antípodas: uma espera o taumaturgo, que, quando a demagogia o encarna em algum político, arranca de seus partidários mesmo que não têm; a outra, permanece e dura, no trapézio de seu equilíbrio estável". A sociedade brasileira vive lamentavelmente numa condição terrível, condição que acorrentou ao passado e a eterna repetição dele, jogando num pesadelo de Dante, onde a tortura, asfixia e os machucados são rotineiros.

O caos é instaurado na sociedade quando abriu-se as porteiras para o movimento revolucionário gnóstico, onde deu sinal verde para adentrar e instaurar seu reino de catástrofes sociais e culturais. Impregnou-se no mundo ações e uma mentalidade que anda descompassadamente com a tradição que fundou e ergueu a Civilização Ocidental. O resultado disso foi uma campanha e promoção da modernidade cancerígena, que deu a sociedade uma bandeja farta de desastres. "A política gnóstica é autodestrutiva na medida em que sua negligência para com a estrutura da realidade leva à guerra contínua. O sistema de guerras em cadeia só pode terminar de duas maneiras. Ou resultará em horríveis destruições físicas e nas concomitantes modificações revolucionárias da ordem social que escapam a qualquer conjetura razoável; ou, com a mudança natural das gerações, conduzirá ao abandono dos sonhos gnósticos antes que aconteça o pior."

Sua autodestruição é negligenciada e escamoteada para baixo dos tapetes, só que nessa ação frustrada, a destruição consome tanto o tapete, como o chão e tudo que há por perto. A modernidade é belicista e, por ser belicista, instaurou-se guerras e mais guerras mundo afora, visando sempre em aniquilar tudo e todos em seu campo de visão. As grandes guerras e as guerras indiretas do século XX não me deixa mentir, aliás, deixam nítido como foi a mentalidade de colocar a pique todo um passado e toda uma sociedade. 

A inversão da ordem social não foi ainda deixada de lado: muito pelo contrário, há ainda muita aceitação e promoção dela. A elite segue à risca em promover e enaltecer o grotesco e, assim, as baixas classes recebem altas doses de propagandas de selvageria e da corrupção moral e física do homem, triste, mas esse lixo produzido pela elite é fonte de alimento de muitos. Por ser humilde e simples, acabam indiretamente seguindo mesmo que involuntariamente esse modo de ver, portar e vestir. A sociedade, como um todo, corrompe-se, o topo é mais rápido nessa corrupção, e assim pode ir emanando as outras classes a sua corrupção. A roda da autodestruição feita pela modernidade gira mais e mais rápida.

O gnosticismo e a modernidade (inimigos da ordem tradicional e da normalidade do homem) serão ceifados somente pela realidade do mundo, serão aniquilados se houver ações sólidas para pôr essas coisas na parede e assim ver como são realmente. Séculos de tentativas de criar um reino onde o caos pudesse reinar não vingaram; no máximo ganharam algumas décadas de glória e um pouco de tempo de vida no mundo. A história mostrará que a tradição e a ordem natural falam mais alto. Aliás, um dos grandes feitos da civilização ocidental foi mostrar que a tradição e a ordem são a realidade: com elas não há alteração nem corrupção, mas aceitação.

2 comentários:

  1. Os seus textos são muito bons, sempre com teor crítico agudo da realidade do nosso páis, e aquele toque literário que deixa os textos mais atrativos e agradáveis.

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