quinta-feira, 4 de maio de 2017

Há Apenas a Luta

Há Apenas a Luta 

A história presente é resultado de péssimas ações e pensamentos passados. São péssimas para aqueles que não estão no poder, pois para quem está no poder, o passado foi marcado por lutas e um intenso embate rumo ao poder. O que estamos vivendo agora, ou melhor dizendo, o que não estamos colhendo no presente momento, foi a falta de boas ações e pensamentos para progredir a nação, e não apenas meia dúzia da classe "oprimida" que visava o poder pelo poder, mas um todo. O que estamos tendo nesse exato momento é o mesmo estado de antes, uma terra árida, rachada, pobre e sem vida, temos em mãos apenas sementes mortas, um mundo ao nosso redor que é morto. 

Essa complexa e triste realidade foi lentamente planejada, uma engenharia social erguida por pessoas, ONG’s, partidos políticos, institutos, universidades, editoras, jornais, TV’s, etc., uma complexa e vasta agenda de engenharia social, ou seja, um projeto de uma nova civilização cuja cultura desse novo mundo seria o marxismo. Ou seja, houve um plano para sabotar, não a população brasileira, mas uma sabotagem diante dos nossos olhos, trasvestida por uma propaganda linda e com muitos slogans de um futuro promissor e libertador; mas, a realidade foi a sabotagem de toda uma nação e suas futuras gerações. O futuro e o tempo gasto foram usurpados pelos maus brasileiros. Eis o saldo dessa lenta, silenciosa e complexa luta pelo poder.

Desde a década de 60, a esquerda veio fazendo reflexões para traçar novas modalidades de tomada do poder. Duas delas foram bem-sucedidas:1) a ocupação de espaços via a teoria de Antonio Gramsci, 2) e a criação e organização das comunidades e minorias em ONG's, projeto este elaborado pelo Saul D. Alinsky1

Tempos depois, as atuais gerações que estão chegando nas escolas, faculdades, e no mercado de trabalho, foram moldadas a seguirem, pensarem e verem como a cultura de esquerda os programou. Ao longo desse tempo, a mudança de ver, pensar e falar mudou radicalmente, de modo que coisas de 5 anos atrás já são consideradas arcaicas; ou seja, nessa radicalização a destruição alcançou níveis terríveis, a sociedade de hoje em dia perdeu a noção de tempo e espaço.

A “regra” no pensamento social e político da modernidade é: pensar contraditoriamente, sem que isso se torne antagônico e sem fundamento. É o “duplipensar”* que o escritor britânico George Orwell mostrou na sua obra “1984”. Pensar que a liberdade é escravidão, e sair crendo, repetindo e impondo isso ao seu redor. Aos normais, isso é aterrorizante, ou melhor dizendo, é um nefasto pensamento de um louco. 

A contrariedade é até uma estratégia na luta pelo poder. Era norma no Partido Democrata combater os negros, e hoje eles usam os negros como massa de manobra. Com as contradições e com o “duplipensar”, a esquerda avança na luta, pois para ela só há apenas a luta pelo poder. A estrada da esquerda não é reta, mas sinuosa, virar, dar voltas, mesmo que isso leve anos, mas sem nunca esquecer ou abandonar o poder.

Quando Orwell disse: “A Liberdade é Escravidão”, ele não previa que décadas depois surgiria na América pessoas com teses embasada nesse pensamento. Basta analisar quais são os partidos políticos que existem nas nações. Basta ver o pensamento dos professores que lecionam nas escolas, faculdade e universidades das nações. Basta ver as mobilizações sociais que congregam várias pessoas. 

Basta ver para crer que vivemos num mundo onde já somos escravos. Mudar nossa nação levará talvez o dobro do tempo que a esquerda levou para tomar, ocupar e forjar seu império. Eis o grande divisor de águas aqui. De um lado tempos oponentes que não tem medo de perder tempo: muito pelo contrário, o movimento deles foi forjado ao longo de séculos. Já o nosso movimento, a maioria teme o tempo. O que devemos ter como base no nosso movimento político é apenas a luta pela hegemonia cultural. 

Os frutos que a esquerda colhe e colherá foram sendo "plantados" desde o golpe de 1889. A esquerda foi favorecida pelo sistema político forjando pela “Ré-pública”e a pseudodemocracia que ela trouxe a todos nós, pois esse sistema de poder que há aí é um Frankenstein. Esse regime político é a mistura do caudilhismo tupiniquim, coronelismo, Getulismo, positivismo, anarquismo, socialismo/comunismo e por fim o patrimonialismo do Estado.

Assim, emergiu o Estamento Burocrático, no qual de um lado é comandado pela “cleptocracia’2 de esquerda, e do outro lado, os burocratas “dinheiristas”. Eis assim a fórmula perfeita para se comandar a nação. É uma nomenclatura3 que consiste somente no poder pelo poder e o dinheiro como base de ação para tudo. Uma pirâmide política onde cada vez mais a insanidade e o crime avançam. A cultura desse submundo vermelho não fica para trás, mas ganha espaço cada vez mais. É um bloco que avança em busca do poder e pela sua hegemonia, pois só há a luta para eles.

Como bem disse Raymundo Faoro: “O governo, para o povo, não é o protetor, o defensor, a guarda vigilante de sua vontade e de seus interesses: mas o explorador, o algoz, o perseguidor. Um comando político ativo e violento submete uma sociedade passiva e atemorizada, vendo no poder a insondável máquina de opressão, incapaz de provocar a confiança”4. O Estado “Ré-públicano” vem, paulatinamente, colocando barras nas nossas vidas, um trabalho de gota a gota, mas com um objetivo claro: escravizar e controlar. É a busca por seu deus, em detrimento da vida alheia. Tudo para e dentro do Estamento burocrático e nada para o povão. Assim, a classe política e seus agitadores são os únicos beneficiados pelo crime organizado perpetrado pelos vermelhos.

"Foi preciso esperar até o começo do século XX para que se presenciasse um espetáculo incrível: o da peculiaríssima brutalidade e agressiva estupidez com que se comporta um homem quando sabe muito de uma coisa, mas ignora desde a base todas as demais.5” No Brasil precisou de décadas para pôr tudo ao chão. 

A literatura, a religião, a cultura, a tradição, etc., tudo foi posto abaixo em pouquíssimo tempo. A degradação foi tão rápida que só temos a mínima noção quando olhamos o passado numa busca por conhecer o que antes era uma nação, pois o que há diante de nós são escombros do que foi um país promissor. O passado de uma vida que poderia ter sido grande, mas não o foi...

O temor, a tristeza, a frustração e a vergonha devem ser colocadas de lado. Entristecer diante dessa desgraça já é sucumbir ao mal que impera nas ruas e tristemente nas nossas vidas. É dever nosso seguir os ensinamentos do Grande Olavo de Carvalho, como bem disse: "Há esperança para o Brasil? Há, mas não adianta vocês a procurarem em parte alguma. Vocês são a esperança. Não há outra em todo o horizonte visível." É dever nosso perseverar e estudar. Ações devem ser tomadas com muita prudência e pausas devem ser só para pegar mais gás nessa jornada rumo ao horizonte visível que espera os guerreiros do amanhã. Somente há a luta...

Bibliografia:

1. Rules For Radicals; 
*Duplipensar é o ato de aceitar simultaneamente duas crenças mutualmente contraditórias como corretas.
2. A Kleptocracia; 
3. A Nomenklatura;
4. Os Donos do Poder;
5. A Rebelião das Massas; 

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